Repercutiu muito nesta manhã de segunda-feira (15/5) a entrevista de uma mãe sobre a situação do filho, que é autista, de nove anos de idade, que está sofrendo bullying numa escola de Barra do Garças, no Mato Grosso. A criança estaria totalmente desmotivada de continuar estudos e chorando muito pelos fatos ocorridos nos últimos dias.
No dia de ontem, dia das mães, a mãe deste menino, que é enfermeira, resolveu relatar a situação que a família está vivendo e pedindo providencias numa publicação no facebook. “Me encontro despedaçada, por ver o sofrimento do meu filho autista, sofrimento por saber que ele só estava usando calças para esconder as marcas das agressões sofridas na escola.
“O que me dói é que não foi a primeira vez, meu filho já foi trancado no banheiro, tentaram enfiar a cabeça dele em um vaso sanitário, foi arranhado em uma sessão de cinema que a escola promoveu, agredido duas vezes ao retornar da escola para casa, e o que mais me dói, é que mesmo diante as agressões, e ele não revidar (pois o Papai do Céu) não gosta), ele só queria entender por que o amiguinho disse que não seria mais amigo dele.
Ele estuda em uma escola considerada referência em Barra do Garças, uma escola religiosa, (onde deveria ser referência em auxiliar os mais vulneráveis). Fui inúmeras vezes conversar com as irmãs, no entanto não surtiu efeito, houve momentos em que me falaram que uma sala tem 30 alunos, que ele é que deveria se adequar, sempre que eu procuro a escola, saio de lá com posições de que algo deve estar acontecendo é em casa, que é porque ele estava indo sozinho.
“E falaram pra mim, olha que absurdo, que o meu bebê de 9 anos, está apresentando comportamento suicida, segundo um psicólogo”, conta a mãe em sua publicação. "Na verdade, o meu bebê, está machucado, vítima de agressões sofrida dentre de uma escola. O mais incrível é que eu perguntei por que ele não contou para a professora e a resposta foi: ela falou para mim cuidar da minha vida".
Para que ele me contasse sobre as agressões que resultaram nesses hematomas, foi um sacrifício, parecia com medo, acuado e envergonhado.
Meu filhinho reclama que não tem um amiguinho, as vezes sinto vontade de comprar um. A escola não o auxilia na questão da inclusão; ele odeia educação física, pois ninguém o escolhe para o time, durante a copa, não permitiam nem que ele olhasse as figurinhas com eles, o chamam de “bundao, bostao”, feio e outros adjetivos que não ouso repetir.
O desabafo dessa mãe repercutiu no dia de ontem e ela concedeu entrevista na Rádio Aruanã, nesta manhã de segunda-feira (15/5) falando sobre ocorrido. Diante desse fato, a Secretaria de Educação de Barra do Garças disse que não concorda com bullying e que vai apurar ocorrido e punir os responsáveis. Uma equipe da prefeitura está neste moment ona escola conversando com a direção e professores do aluno para apurar o que aconteceu. Enquanto isso, a mãe foi pra delegacia para registrar ocorrência com apoio da subseção da OAB.
Acompanhe entrevista da mãe na Rádio Aruanã FM com apresentador Vander Lima
