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02/06/2015 às 11h29min - Atualizada em 02/06/2015 às 11h29min

UFMT: Alunos reclamam de fechamento de restaurante

Diário de Cuiabá
Reprodução

Apesar de ter sido terceirizado, o Restaurante Universitário irá aderir à paralisação dos servidores e funcionários da Universidade Federal de Mato Grosso (UMFMT) e deixará sem comida os estudantes de pós-graduação e alunos dos projetos de pesquisa. Sem o auxílio, estudantes temem pelo futuro de projetos, do ano letivo e da própria sobrevivência na cidade.

Na ultima quinta-feira (28), os professores, funcionários e técnicos da UFMT decidiram cruzar os braços em sinal de protesto contra as más condições de trabalho, falta de autonomia, falta reestruturação da carreira e valorização salarial de ativos e aposentados.

A informação inicial era de que mais 20 mil alunos ficassem sem aulas na UFMT, mas que o (RU) continuaria funcionando, pois parte das atividades acadêmicas não seriam afetadas pela greve.

Porém, com a suspensão das aulas, a pró-reitoria administrativa da UFMT determinou que os RU de Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Araguaia também parassem de servir as refeições.

A coordenação ignorou universitários mais carentes, que moram nos Campus, e não têm condições de retornar à casa de familiares, bem como setores da instituição que não irão aderir ao movimento.

O acadêmico do curso de Engenharia Florestal, Wesley Candido de Oliveira, de 25 anos, contou que faz as três refeições no RU. Em virtude do custo, ele e outros 3 mil estudantes se alimentam diariamente na unidade.

Contudo, sem o auxilio da refeição a baixo custo, Wesley teme pelo futuro na universidade, bem como de seu estágio, já que trabalha no setor de pesquisas da universidade.

A família do rapaz não mora na Capital. E o jovem apenas consegue se manter graças ao RU. “Sem o RU eu fico sem opção. Ou eu largo o estágio e a produção de pesquisas e consigo um emprego apenas para comer, ou eu volto para casa dos meus pais, pois será impossível viver assim”, afirma.

A família de Wesley mora em Primavera do Leste (244 km de Cuiabá), enquanto ele reside na Capital, apenas para completar os estudos. “Eles me ajudam com o que podem, mas nem sempre tem o que fazer”.

Assim como o estudante de Engenharia Florestal, muitos outros jovens permanecem desguarnecidos. Mesmo com a greve, a pós-graduação não irá parar as atividades, bem como os centros de pesquisas.

Em virtude disso, representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), juntamente estudantes de pós-graduação, iniciaram um abaixo assinado para impedir que a unidade aderisse ao movimento. Até a tarde da ultima sexta-feira (29), os jovens já haviam conseguido 400 assinaturas.

A Reportagem do Diário tentou entrar em contato com a pró-reitoria para que ela explicasse o caso, porém nenhuma ligação foi respondida.

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