16/09/2015 às 17h19min - Atualizada em 16/09/2015 às 17h19min

Taques diz que ninguém está acima da lei e não vigia ações de Galindo

RDNEWS
José Medeiros/GCOM-MT

O governador Pedro Taques (PSDB) evita comentar a ação da secretaria de Segurança Pública que culminaram nas prisões dos ex-secretários estaduais Pedro Nadaf (Comércio, Minhas e Energia, além da Casa Civil) e Marcel de Cursi (Fazenda), e do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) - que está foragido.

O chefe do Paiaguás ressalta que, apesar de ter criado o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), a ação compete à Delegacia Fazendária e a promotora Ana Cristina Bardusco. “Não é uma ação do Governo, a não ser via a delegacia que tem a função de fazer isso. Eu não fico cobrando do secretário Fábio Galindo (Cira) quais ações que são praticadas, investigações sigilosas, e não me cabe fazer qualquer ingerência, como a presidente da República em relação à Polícia Federal”, destaca.

Questionado se, na condição de presidente do Cira, tinha conhecimento da ação, Taques é enfático ao responder que não. “Não foi do Cira, foi uma ação da Delegacia Fazendária”, garante.

Irregularidades
O governador pondera que desde o primeiro dia do mandato, a equipe fez um reestudo sobre os incentivos fiscais, audiências públicas no Palácio Paiaguás e na Assembleia, e que defende a existência dos benefícios. “Mas não quem possa ofender o princípio da pessoalidade, da moralidade, da probidade”, assevera.

Sobre a decretação da prisão de Silval, novamente é enfático: “Ninguém está acima da lei. Jornalista, governador, todos nós. O cidadão que cometer crimes tem que ser investigado, mas não podemos condenar ninguém antes da sentença. Infelizmente alguns entendem que estão acima da lei. Eu entendo que todos somos iguais perante a lei”.
Taques descarta um possível sentimento de impunidade oriundo da população, tendo em vista que Silval era símbolo de “homem poderoso” no Estado, em função do cargo. “Nós não acabamos com a impunidade com ato. Isso depende de cultura, de nós ensinarmos as crianças e adolescentes que você tem que agir de acordo com a Constituição”, conclui.

Operação Sodoma
A Delegacia Fazendária prendeu, nesta terça (15), os ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi. O único mandado de prisão em aberto é do ex-governador Silval. A polícia já repassou a informação para as demais instituições, como Polícia Federal e até Interpol. A informação é de que o nome do peemedebista consta como foragido no banco de dados de todas as instituições nacionais e internacionais.

Ao todo foram efetuados 11 mandados de busca e apreensão, cumpridos nas residências de Nadaf, Cursi e Silval. Agentes policiais ainda cumpriram duas medidas cautelares restritivas, em desfavor de Karla Cecília de Oliveira Cintra e Silvio Cezar Correa Araújo. Ainda na lista de levados constam o empresário Francisco Andrade Gomes Filho, Marcos Flávio de Oliveira, a ex-secretária-geral da Jucemat Narjara de Barros, e a ex-esposa de Nadaf, Cibele Bojikian. 

A ação foi realizada pelo grupo operacional do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), força-tarefa permanente composta pela Delegacia de Combate à Corrupção, Ministério Público, secretaria de Fazenda e Procuradoria-Geral do Estado, com apoio do Sistema de Inteligência do Estado. 

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