Reprodução/Instagram Nos últimos dias, as
notícias do mundo do esporte dão conta de que o técnico italiano Carlo Ancelotti teria se acertado com a CBF para assumir o cargo de treinador da Seleção Brasileira a partir de julho deste ano. O cargo está vago desde a saída de Tite, após a decepcionante campanha brasileira na Copa do Mundo FIFA de 2022 no Qatar.
Ancelotti é um ex-jogador de futebol italiano, atual treinador do Real Madrid e é amplamente considerado um dos treinadores mais bem-sucedidos do mundo. Ele venceu a UEFA Champions League quatro vezes como técnico, fazendo isso com o Milan em 2003 e 2007 e novamente com o Real Madrid em 2014 e 2022. Ele treinou equipes em cinco finais da Champions League (o único treinador a conseguir o feito), e é o único técnico a ganhar títulos da liga em todas as cinco principais ligas da Europa - Inglaterra (Chelsea), Itália (Milan), Espanha (Real Madrid), Alemanha (Bayern de Munique) e França (PSG).
Ele também teve uma carreira de sucesso como jogador do Parma, Roma e Milan, e treinou Reggiana, Parma, Juventus, Milan, Chelsea, Paris Saint-Germain, Real Madrid, Bayern de Munique, Everton e Napoli. Ancelotti é conhecido pela flexibilidade em suas formações, tendo optado por acomodar craques sempre que possível, apesar de uma preferência pessoal por uma formação 4-4-2.
Seu nome surgiu como um forte candidato a assumir o posto técnico da seleção logo após a Copa, contando com apoio de vários jogadores e ex-jogadores como Ronaldo, Kaká e Roberto Carlos. Os
boatos dão conta até de que Ancelotti já teria comunicado a seus jogadores brasileiros no Real Madrid sobre sua decisão de assumir a seleção canária.
Lembrando que o novo comandante da Seleção já terá pela frente a missão de classificar o time para a próxima Copa do Mundo, que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México. No entanto, levando em consideração o retrospecto do Brasil nas Eliminatórias Sul-Americanas, a campanha não deve ser das mais difíceis; segundo as
odds de futebol na Midnite, o Brasil é o favorito a conquistar a vaga no mundial como líder das eliminatórias.
A seguir, conheça um pouco mais sobre a carreira do vitorioso treinador italiano em suas passagens por alguns dos maiores times da Europa.
Sucesso no Milan como jogador e técnico
Ancelotti teve uma carreira de sucesso como meio-campista. Ele passou três temporadas (1976–1979) no Parma antes de ser contratado pela Roma, que venceu a Série A em 1982–1983.
Ancelotti posteriormente se transferiu para o Milan, onde teve ainda mais sucesso e venceu a liga em 1987-88 e 1991-92. Ele estava no grupo que conquistou Copas da Europa consecutivas em 1988–89 e 1989–90. Pela seleção da Itália, Ancelotti disputou 26 partidas e marcou um gol.
Ancelotti terminou sua carreira de jogador no Milan, treinou Reggiana e Parma por um breve período e depois assumiu o comando da Juventus em 1999.
A Juve é uma rival feroz do Milan, o qual Ancelotti via como sua família no futebol. De acordo com sua autobiografia, "Carlo Ancelotti: Liderança Tranquila”, Ancelotti achou o ambiente na Juve muito mais corporativo do que em seus amados
Rossoneri.
Ancelotti deixou a Juventus em 2001 para dirigir o Milan, que levou ao título da UEFA Champions League de 2002-03 ao derrotar a rival Inter de Milão nas semifinais e a Juventus na final do campeonato.
Então, sob a direção de Ancelotti, o Milan venceu o campeonato da Série A em 2003-04 e avançou para a final da UEFA Champions League de 2004-05, quando notoriamente sofreu um empate após estar ganhando por 3 a 0 e perdeu para o Liverpool nos pênaltis. Mas o Milan finalmente conseguiu sua doce vingança em 2006-07, derrotando o Liverpool por 2 a 1 para ganhar seu segundo título da Champions League sob o comando de Ancelotti.
No final da temporada 2008-09, Ancelotti deixou o Milan para assumir um novo desafio no Chelsea.
Mais títulos no Chelsea
Nos anos anteriores à chegada de Ancelotti, o Chelsea começara a se estabelecer como uma força séria no futebol inglês e europeu. No entanto, depois de vencer a Premier League consecutivamente em 2004-05 e 2005-06 sob o comando de José Mourinho, houve um período de incertezas. O Chelsea também ainda não havia conquistado seu primeiro título da UEFA Champions League.
O Chelsea venceu a Premier League e a FA Cup sob a liderança de Ancelotti em 2009-10, marcando estrondosos 103 gols a caminho do triunfo da liga e derrotando o Portsmouth por 1 a 0 na final da FA Cup. Os Blues foram, no entanto, derrotados pela Inter de Milão de Mourinho nas oitavas-de-final da UEFA Champions League daquele ano.
Em 2010-11, o Chelsea entrou em declínio no meio da temporada após um início brilhante e terminou em segundo lugar na Premier League, atrás do rival Manchester United, perdendo também para os Red Devils nas quartas-de-final da UEFA Champions League. Ancelotti foi então demitido ao final da temporada.
Breve passagem pelo Paris Saint-Germain Após sua saída do Chelsea, Ancelotti desempenhou um papel importante na transformação do Paris Saint-Germain em uma força dominante do futebol francês.
Foi sob seu comando que nomes como Thiago Silva e Zlatan Ibrahimovic chegaram ao clube (ambos contratados do AC Milan). Ancelotti levou o PSG ao título da Ligue 1 em 2012-13.
Conquistando a Europa com o Real Madrid Ancelotti sucedeu a Mourinho no Real Madrid e herdou um time que lutava para encontrar um senso de unidade após uma difícil temporada de 2012-13.
Ancelotti os guiou ao título da UEFA Champions League em 2013-14, tornando o Madrid o primeiro clube a ganhar dez troféus do torneio continental, em uma conquista conhecida como 'La Decima', uma vez que o Real esperava pelo décimo troféu desde seu último título da Champions 12 anos antes.
O Real Madrid estava a caminho de vencer La Liga durante grande parte da temporada 2014-15, mas acabou sendo derrotado pelo Barcelona de Luis Enrique, que viria a conquistar a tríplice coroa (La Liga, Copa do Rei e Champions League). Esta foi a última temporada de Ancelotti com o time merengue antes de seu retorno ao Santiago Bernabéu.
Passagem curta pela Alemanha Ancelotti assumiu o cargo de técnico do Bayern de Munique antes da temporada 2016-17, sucedendo a Pep Guardiola, que havia se transferido para o Manchester City. O italiano levou o Bayern de Munique ao título da Bundesliga em 2016-17. Apesar do sucesso da temporada anterior, um início difícil na temporada 2017/18 e rumores de conflito com elenco e diretoria do Bayern finalmente custaram seu emprego.
Retorno à Itália Ancelotti substituiu Maurizio Sarri, que estava indo para o Chelsea, como técnico do Napoli antes da temporada 2018-19. O Napoli terminou em um distante segundo lugar atrás da Juventus na corrida pelo título da Série A durante aquela campanha e teve um péssimo começo na temporada seguinte.
As tensões começaram a aumentar com o proprietário Aurelio De Laurentiis durante um difícil início de 2019-20 e Ancelotti declarou publicamente que não concordava com o pedido de De Laurentiis de que o time jogasse recuado até que encontrassem uma solução para sua má forma. Ancelotti foi demitido em dezembro de 2019 e posteriormente nomeado técnico do Everton no final daquele mês.
Mais sucesso no Real Madrid
Após sua passagem frustrante pelo Everton, Ancelotti acertou seu retorno ao Real Madrid para a temporada 2021-22, substituindo a lenda merengue Zinédine Zidane.
La Liga não havia sido vencida por Ancelotti durante sua primeira gestão no Santiago Bernabéu. Apesar de trazer sucesso nacional e internacional, incluindo a Décima, parecia que alguns negócios inacabados estavam sendo resolvidos com seu retorno.
Na temporada 2021-22, o Real Madrid de Ancelotti conquistou o título de La Liga com 13 pontos à frente do rival Barcelona, além de vencer a Supercopa da Espanha. Por fim, Ancelotti havia conquistado todos os seis principais troféus disponíveis no Real Madrid.
Ancelotti foi crucial no
14º título do Madrid na Champions League na temporada passada, que veio após uma campanha notável na fase de mata-mata do torneio, na qual conquistou viradas heroicas contra PSG, Chelsea e Manchester City. O gol de Vinicius Jr. na vitória por 1 a 0 sobre o Liverpool na final em Paris deu ao Real seu quinto título de Champions League em nove anos.
