03/01/2023 às 09h01min - Atualizada em 03/01/2023 às 09h01min

Senador de MT crítica Bolsonaro e elogia Lula

Deixar seus fiéis eleitores à mercê da sorte, tomando chuva, sol, praticando atos antidemocráticos e depois ‘se mandar’ para os Estados Unidos não foi uma boa opção para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme o senador Jayme Campos (União), que foi seu aliado na campanha eleitoral de 2022. Experiente na política, Jayme avaliou a atitude como "perversa’" Por outro lado, segundo ele, o presidente Lula (PT) ao colocar o povo para entregar a faixa presidencial agiu como um "craque".

Derrotado nas urnas no dia 30 de outubro, Jair Bolsonaro em nenhum momento repudiou de forma clara e incisiva os atos terroristas e os pedidos de golpe de Estado por parte de seus milhares eleitores que ocuparam as frentes de quarteis em várias capitais brasileiras, inclusive em Cuiabá. Pelo contrário, Bolsonaro seus filhos alimentaram os manifestantes que estavam acampados na frente de quartéis induzindo-os a acreditarem que Lula não tomaria posse como presidente.

A atitude foi reprovada por para Jayme, que durante a campanha eleitoral hipotecou apoio ao projeto de reeleição do então presidente. “O Bolsonaro, com todo o respeito, eu acho que ele pisou na bola. As pessoas que seguem ele estão há mais de 60 dias sendo alimentadas por essa possibilidade de golpe de estado, estado de sítio, de que o Lula não ia assumir. Acho que ele foi muito perverso com essas pessoas que são apaixonadas por ele. Viajou para Orlando e não deu a mínima satisfação para esse público que ainda está na frente dos quartéis debaixo de sol e de chuva”, criticou Jayme Campos.

Com a "fuga" de Bolsonaro para os Estados Unidos e a negação de seu vice, o general do Exército, Hamilton Mourão (Republicanos) em passar a faixa presidencial para Lula, oito membros da sociedade civil foram escolhidos para subirem a rampa do Palácio do Planalto e entregar a faixa. Entre eles, o cacique mato-grossense Raoni Metuktire liderança indígena reconhecida mundialmente por seu engajamento na defesa da Amazônia e alvo de ataques do ex-presidente Bolsonaro.

“A transição foi feita! E vamos ser honestos? O Lula foi um craque ao decidir que nem o presidente da Câmara e nem do Senado lhe passassem a faixa, mas membros da sociedade, pessoas humildes, representantes dos povos indígenas. Isso fez com que a passagem da faixa fosse ainda mais valorizada ao ser entregue pelas mãos do povo brasileiro”, avaliou o senador. Apesar do partido União Brasil ter indicado três ministros no Governo Lula e de elogiar a posição do petista, Jayme argumenta que se manterá independente no Senado. No entanto, ele torce pela união e pacificação do país.

“Evidentemente há uma expectativa muito grande em relação ao novo governo do Lula. De qualquer forma, eu diria que há muita esperança, tendo em vista a experiência, as decepções que ele acumulou, e eu torço e rezo para que ele faça um governo exitoso e que possa melhorar os índices do Brasil, principalmente a pobreza que hoje é enorme”, enfatizou.

Fonte: FOLHAMAX

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