01/02/2022 às 21h18min - Atualizada em 01/02/2022 às 21h18min

Jeovan Faria em queda de braço com produtores por preço de leite

Ex-prefeito e atual presidente da Campileite enfrenta desgaste com produtores de leite

Semana 7 
ARAGUAIA NOTÍCIA 


O ano de 2022, assim como os últimos anos, de 2001 para cá, seria ano da Campileite seguir expandindo seu capital, crescendo e conquistando ainda mais espaço de forma tranquila e sem problemas. Hoje, esta cooperativa é tratada como uma grande potência na produção dos derivados do leite, tudo isso graças aos produtores rurais da região. Mas a diretoria, presidida por Jeovan Faria, não contava que os produtores iriam se rebelar após a baixa do litro de leite de R$ 2,00 para R$ 1,60.

Acontece que os produtores sentiram que estão tendo o seu produto desvalorizado e que a renda do leite mal dá para arcar com as despesas. Desta forma, em uma grande união jamais vista no Araguaia, a maioria dos leiteiros de Campinápolis, Novo São Joaquim, Água Boa, Nova Xavantina, Bom Jesus do Araguaia e Confresa decidiram suspender a entrega de leite aos laticínios.

Com esta atitude, quem sentiu o baque foi o ex-prefeito de Campinápolis e mandatário da Campileite, Jeovan Faria. Ele, que até então estava longe das redes sociais, diante da grande repercussão que tomou o movimento dos produtores rurais teve que abrir mão do conforto de sua sala presidencial e resolveu gravar um vídeo direcionado aos cooperados. Nos bastidores, o que se comenta é que Jeovan notou que os produtores não estão de brincadeira e prometem levar o protesto a frente até ter o seu produto devidamente valorizado com um melhor preço, e, temendo a falta da entrega de leite para Campileite, sentiu que poderá enfrentar dificuldades financeiras, ameaçando o império conquistado pregando o cooperativismo em Campinápolis.

A presidência da Campileite foi exercida por 12 anos por Jeovan Faria, ficando ausente por nove anos, período de oito anos ocupou o cargo de prefeito do município, e depois o seu sogro Joaquim de Almeida, conhecido como Joaquim Alfredo, assumiu a presidência. Agora, Jeovan retornou à presidência e se vê em meio a uma grave crise jamais enfrentada, a qual além de estar tirando seu sono, está derretendo sua popularidade no município, uma vez que se especula que ele pretende ser candidato novamente a prefeito.

Em seu vídeo postado no Youtube, Jeovan chega a admitir que o estatuto da cooperativa pode estar ultrapassado e, acuado, disse que se a diretoria não estiver boa, isso pode ser visto em assembleia. Sob o valor do leite, Faria não disse nada. E ainda em tom ameaçador avisou: “se tá ruim, pode piorar”.

Na reunião do dia 28 de janeiro, na Câmara Municipal de Novo São Joaquim, os produtores decidiram paralisar a entrega aos laticínios. No dia seguinte, o representante do Laticínio Cajes, procurou a comissão organizadora do movimento e ao menos fez uma proposta de R$ 1,73 no litro. Já a Campileite não mandou nenhum representante ou fez alguma proposta de melhora no preço.

O interessante é que boa parte dos maquinários da Campileite vieram via prefeitura, em regime de comodato, estão cedidos à cooperativa para servir os produtores. Boa parte deles, foram destinados na época de Jeovan prefeito do município.

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