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24/04/2018 às 23h29min - Atualizada em 24/04/2018 às 23h29min

Estudantes não cedem pressão e mantêm ocupação do campus da UFMT de Barra contra aumento do RU

Depois de três horas de negociação, alunos não aceitaram a proposto de aumentar alimentação do RU de 1,00 para 5,00

Lucas Iglesias, Centro América FM / G1 MT
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Lucas Iglesias, Centro América FM
Estudantes ocupam o campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) de Barra do Garças, a 509 km de Cuiabá, desde sexta-feira (20) contra mudanças na política de alimentação do Restaurante Universitário (RU) que está querendo aumentar alimentação de 1,00 para 5,00.

Eles participaram de uma audiência na terça-feira (24) com duas pró-reitoras que vieram de Cuiabá. A reunião seria com a reitora Myrian Serra, que não veio com argumento que tinha agenda em Brasília e foi representada pela pró-reitora de Assistência Estudantil, Erivã Garcia Velasco, e pela pró-reitora de Planejamento, Tereza Christina Mertens Aguiar Veloso.

Elas foram recebidas com gritos de ordem e manifestação de estudantes, que, com cartazes, pedem que não haja reajuste no valor do restaurante universitário para R$ 5 o almoço e a janta e para R$ 2,50, o café da manhã. Um pouco antes do início da audiência, no espaço multiuso da UFMT, os acadêmicos fizeram um ato simbólico, enterrando o RU, com velas e uma cruz.

"O motivo do aumento diz respeito ao modo como fazemos a gestão dos recursos da universidade. O custo do restaurante para o aluno é bastante baixo, mas hoje o orçamento da Universidade tem impactado o custeio. Com o valor atual, 90% do custeio fica com a própria instituição", conta Erivã Velasco.

Mas a justificativa dos representantes da reitoria não convenceram os estudantes, que questionaram se não há outras alternativas, como analisar o contrato do RU de cada campus para entender como é gasto o valor anual.

Os acadêmicos também questionaram a duração da audiência, com a apresentação de muitos slides, o que consideraram que ela foi apenas técnica e simbólica.

“Essa audiência só tem caráter informativo. Elas estão apresentando dados que já sabemos. Vamos continuar resistindo, porque nossa luta é pelo RU com valor universal, independente da situação financeira de cada aluno”, conta Rayani Camargo, presidente do Diretório Central de Estudantes (DCE).

O DCE reforçou que foi apresentada uma proposta no valor de R$ 0,50 para o café da manhã e R$ 1,50 para almoço e janta. Após mais de 3 horas da reunião, teve a definição que outras audiências, em outros campus, irão acontecer nos próximos dias.

Na semana passada, os estudantes fizeram uma manifestação e fecharam as entradas de acesso à universidade, com pneus. Eles também queimaram folhas em frente ao campus.

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