Após a repercussão do vídeo que saiu na rede social e também na imprensa de Cuiabá-MT, o prefeito de Campinápolis-MT, José Bueno e mais 3 pessoas que aparecem na filmagem, pediram direito de resposta ao site Araguaia Notícia onde rebatem a acusação de ameaças ou intimidações a eleitores numa estrada vicinal de Campinápolis, na noite domingo (29/9).
O advogado Ricardo Feitosa encaminhou cópia de ocorrência onde relata que o prefeito Zé Bueno juntamente com o Cleziomar, Paulo César e Fabiano foram abordados por um indígena, por volta das 21h30 de domingo (29/9), relatando que seriam entregues 10 vacas, sendo que essas vacas seriam mortas na fazenda do senhor Jander.
Diante das informações, para não fazer uma falsa comunicação de crime, o prefeito e mais 3 pessoas decidiram ir até o local para averiguarem se os fatos realmente procediam para posteriormente acionarem a Polícia Militar.
Que no local (rodovia), estrada da fazenda do sr Jander, chegou um caminhão com vacas, que os comunicantes tentaram filmar, todavia pelo fato de ser à noite, o vídeo ficou escuro (sem qualidade). O prefeito então decidiu retornar para comunicar a Polícia Militar, mas na sequência, foram abordados pelo candidato a vice-prefeito Jander, esposa e duas assessoras, que desceram do veículo com os ânimos exaltados já gravando sem permissão das pessoas, com palavras de baixo calão, indagando o que estavam fazendo ali.
Fabiano então disse que havia ido averiguar uma possível informação de vacas que seriam abatidas e entregues na área indígena, que mesmo as pessoas que chegaram de carro continuaram a filmar com os ânimos alterados cujo vídeo está sendo utilizado para fins políticos de cunho Fake News.
Para resguardar os direitos das pessoas que foram filmadas, diz advogado Ricardo Feitosa, um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia de Campinápolis na tarde de segunda-feira, dia 30 de setembro.
Logo abaixo acompanhe a reportagem original que saiu no site Estadão Mato Grosso juntamente com vídeo
Um vídeo que circula nas redes sociais desde a noite de domingo (29/9), mostra o prefeito de Campinápolis (MT), José Bueno (União), acompanhado de um grupo de pessoas ligadas ao candidato a prefeito Jeovan Faria (Republicanos), que segundo relatos, estariam intimidando pessoas que transitavam pela estrada vicinal, que dá acesso a fazendas e aldeias.
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na Polícia Judiciária Civil, após receber mensagens de um funcionário que um grupo de pessoas estavam ‘bloqueando’ a via, nas proximidades de sua fazenda, Jander Franco, atual candidato a vice-prefeito de Jorginho (PSB) foi até o local e verificar a situação.
De acordo com o funcionário da propriedade rural, que preferiu não se identificar, o grupo de Bueno utilizava lanternas para abordar os transeuntes, proferindo ameaças e palavras de intimidação. “Eles cercavam quem passava pelo local, para intimidar”, relatou.
Além de Bueno, também estariam presentes no local o secretário de Saúde, Fabiano; o diretor do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Paulo César Aguiar; o empresário Clezio; Uenio Crispim, funcionário da empresa Campileite; e uma pessoa não identificada.
Em um trecho do vídeo, o prefeito faz uma declaração polêmica, ao sugerir uma espécie de negociação. “Então vamos trabalhar limpo todo mundo. Vocês entregam 100 vacas e deixa nós ‘entregar’ 100”, sugerindo uma espécie de negociação de vantagens.
Um dos membros que aparece no vídeo, o empresário Cleziomar Tobias Pedro, o “Clezio”, foi filmado portando uma faca, e proferindo ameaças veladas candidato a vice-prefeito Jander Franco, e chegou a agredir a moça que filmava a ação, aumentando ainda mais a tensão no local.
O prefeito José Bueno foi alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), no início do ano, que investiga fraudes na compra de combustíveis, pagamentos de diárias, desvio de materiais de construção e uso de maquinários do poder público.
O empresário Clezio, que claramente portava uma faca no momento do incidente, também é alvo das investigações e teve seu celular apreendido pela justiça. Ele é proprietário da casa de material de construção, que também consta no inquérito.
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