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09/10/2024 às 15h40min - Atualizada em 09/10/2024 às 15h40min

Sete envolvidos no sequestro e morte de candidata a vereadora e irmã são denunciados pelo MPMT

De acordo com a denúncia, os suspeitos devem responder por associação criminosa qualificada, tortura, extorsão mediante sequestro com resultado morte e roubo.

G1 MT
Araguaia Noticia
Vítimas foram identificadas como Rayane Alves Porto e Rithiele Alves Porto — Foto: Reprodução
Sete pessoas foram denunciadas à Justiça de Mato Grosso nesta quarta-feira (9) em uma ação do Ministério Público do estado por envolvimento no sequestro e morte das irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28 anos. O caso aconteceu em Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá, em setembro.

O grupo seria associado à facção criminosa e viram uma postagem nas redes sociais em que as vítimas Rithiele, Rayane e o irmão aparecem fazendo um gesto com as mãos. Segundo o MPMT, os denunciados entenderam o gesto como uma alusão a uma facção criminosa rival.

De acordo com a denúncia, os suspeitos devem responder por associação criminosa qualificada, tortura, extorsão mediante sequestro com resultado morte e roubo.

Os jovens Roebster Alves Porto, Higor Felipe Bazan e Victor Allan Sanches, também foram vítimas do grupo.

“Por esse motivo, os denunciados se associaram para forçar as vítimas a comparecerem ao chamado “tribunal do crime” e lhes aplicarem um “salve”. Essas expressões referem-se à prática de submeter pessoas a uma espécie de julgamento interno da facção criminosa, onde se avalia se as vítimas agiram em desacordo com os interesses da organização”, diz trecho da denúncia.

Do total de denunciados, 16 pessoas foram presas, sendo oito adultos presos e oito adolescentes apreendidos, segundo o delegado responsável pela o caso, Fabrício Garcia Henriques.

No dia 14 de setembro, as irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28 anos, foram mortas a facadas, após serem sequestradas e torturadas, em Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá.

Segundo o delegado, o crime ocorreu porque as vítimas teriam tirado uma foto no Rio Jauru, simbolizando um número associado a uma facção rival. Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que as irmãs, o irmão das vítimas e o namorado de Rithiele sendo levados ao cativeiro pelos criminosos.

Ao todo, as vítimas foram torturadas por cerca de 3 horas. Durante as agressões, os suspeitos exigiram dinheiro das vítimas para não matá-los.

No local, a polícia encontrou o irmão das vítimas gravemente ferido, com um dos dedos e a orelha cortados. Ele também apresentava ferimentos de facada na região da nuca.

Em outros cômodos da casa, foram encontrados dedos e cabelos de uma das irmãs. Já no último quarto à direita, estavam os corpos de Rayane e Rithiele, que apresentavam sinais de tortura por arma branca e tiveram os cabelos cortados, segundo a Polícia Militar.

Durante o depoimento na delegacia, uma das vítimas relatou que só conseguiu fugir do cativeiro após pular o muro. Ele contou que sofreu uma sessão de torturas, tanto psicológicas quanto físicas, pelos agressores, que se identificaram como membros de uma facção criminosa.

Após do crime, quatro dos suspeitos pegaram um táxi e se hospedaram em um hotel da cidade. Depois, fizeram compras em uma loja.

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