21/11/2023 às 09h34min - Atualizada em 21/11/2023 às 09h34min

Menino atacado por sucuri foi ao córrego se refrescar porque estava sem água e energia em casa, conta família

Pai do menino conta que a família ficou sem receber água por três dias. Criança teve ferimentos leves.

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G1 GO

A família de Natanael Bezerra, que foi atacado por uma sucuri às margens de um córrego, estava sem água e energia na casa, localizada em uma fazenda de Vicentinópolis, no sul de Goiás. O pai do menino de dois anos, José Natal, contou que a intenção era se refrescar por causa do calor.

“Estávamos há três dias sem energia e aí a água da caixa acabou”, contou o pai, que é caseiro na fazenda onde tudo aconteceu.

“Estava muito quente lá dentro e ele [Natanael] queria dormir, a gente veio se refrescar para ele dormir”, completou.

A situação aconteceu na tarde do último sábado (18). Segundo a mãe do menino, Lorrane Bezerra, a família estava sentada em uma parte rasa do rio quando a criança foi para perto da margem. “Quando ele chegou na margem, a cobra enrolou no pezinho dele e já foi atacando”, explicou a mãe.

Segundo a família, a cobra chegou a se enroscar em parte da perna do menino e até a mordê-lo. A mãe dele contou que, enquanto o pai tentava tirar o animal, ela foi até a casa pedir ajuda. “Quando cheguei vi os policiais passando. Foi Deus que mandou eles. Foi um livramento para o meu filho”, disse a mãe.

O menino foi levado para um hospital de Vicentinópolis, a cerca de 20 quilômetros da fazenda. Ele teve ferimentos leves.

Segundo a mãe de Natanael, ele reclamou de dores. “Ele passou a noite reclamando e nunca faz isso. Está traumatizado, não quer mais ir ao córrego”, disse.

Resgate

Segundo o tenente Carlos Diniz, da Polícia Militar (PM), os policiais tentaram ajudar de várias formas, conseguiram desenrolar parcialmente a cobra, mas o único jeito foi matá-la.

Sucuri de aproximadamente 6 metros ataca criança que brincava às margens de rio em Goiás

O tenente deu detalhes de como os PMs chegaram ao local. “A equipe estava em patrulhamento e ouviu a mãe gritando socorro, enquanto o pai tentava tirar a criança da cobra, que estava enrolada”, detalhou.

“A gente só tentava salvar a criança e o único jeito foi matando o animal, não queríamos que o animal morresse, queríamos que a criança e o animal ficassem vivos”, completou.