Vigilante se apresenta e admite ter passado carro sobre flanelinha

O vigilante Adir Antônio Warginhak, de 45 anos, que foi filmado atropelando várias vezes um flanelinha no dia 7 de outubro, na Praça Popular, em Cuiabá, disse ter cometido o crime porque estava irritado com a vítima pela suspeita de furto de seu celular.

Ele falou que atropelou porque na luta a vítima mordeu o braço dele. Ele ficou irritado e deu início a essa sequência de atos

Adir se apresentou na DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa) nesta segunda-feira (6), após mais de 20 dias foragido.
 
O vigilante foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado mediante crueldade, recurso que impossibilitou a defesa e fraude processual.

"Ele confessa a autoria e diz como motivo o fato da vítima ter furtado um celular dele que estava dentro de seu carro. Segundo ele, entrou em luta corporal com a vítima e viu o celular dentro das partes íntimas da vítima", disse o delegado Caio de Albuquerque.
 
Conforme o depoimento de Adir, durante a briga o flanelinha teria dito que colocou o celular novamente no veículo, mas ele negou ter visto a ação e deu continuidade no plano de atropelar a vítima.  "Ele falou que atropelou porque na luta a vítima mordeu o braço dele. Ele ficou irritado e deu início a essa sequência de atos".
 
"A vítima ficou bastante tempo hospitalizada, fez uso de dreno, teve fraturas internas. Ele ainda não foi ouvido [porque] recém recebeu alta, [mas] vai ser ouvido para a gente saber se teve furto do celular". 
 
"Se confirmado, ele pode ser indiciado. Mas essa é a versão do interrogado. [A Polícia] ainda não tem procedimento nenhum".
 
Após o depoimento, Adir foi encaminhado para os trâmites na Justiça e aguarda audiência de custódia.