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24/10/2023 às 07h40min - Atualizada em 24/10/2023 às 07h40min

Pintor é denunciado por estuprar e assassinar fisioterapeuta achada morta após carro capotar em Goiás

Denúncia diz que Jefferson Erivaldo da Silva Nascimento matou fisioterapeuta para esconder estupro. Crime foi descoberto no dia 2 de outubro, depois que o suspeito capotou o carro e o corpo da vítima foi arremessado na BR-060.

G1 GO
O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia contra o pintor Jefferson Erivaldo da Silva Nascimento, nesta segunda-feira (23). O homem é investigado por estuprar, matar e tentar ocultar o corpo da fisioterapeuta Larissa Araújo, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. O crime foi descoberto no dia 2 de outubro, depois que o suspeito capotou o carro e o corpo da vítima, que estava escondido no porta-malas, foi arremessado na BR-060.
 
O g1 não localizou a defesa do suspeito até a última atualização da reportagem.
 
A denúncia oferecida pelo MPGO é diferente da classificação jurídica que a Polícia Civil havia atribuído ao pintor no momento da conclusão do inquérito. O órgão afirma que Jefferson cometeu crime de feminicídio qualificado, por ter agido com violência; estupro, furto qualificado, cárcere privado e tentativa de ocultação de cadáver.
 
Pintor é denunciado por estuprar e assassinar fisioterapeuta

Pintor é denunciado por estuprar e assassinar fisioterapeuta

 
Pintor é denunciado por estuprar e assassinar fisioterapeuta
 
Quando as investigações foram encerradas, em 11 de outubro deste ano, o pintor foi indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de latrocínio, estupro e tentativa de ocultação de cadáver.
Isso porque, a polícia entendeu que Jefferson matou Larissa para roubar os bens da casa dela e que, durante o crime, aproveitou da situação para também estuprá-la. No corpo da vítima foi encontrado material genético masculino.
“Tudo indica que ele escolheu de forma aleatória. Ele ingressou no local para realizar o furto e ao se deparar com a presença da vítima ele neutralizou ela mediante violência, a amarrou", disse o delegado responsável pelo caso, Caio Martines, na época das investigações.
A denúncia do MPGO discorda da tese da Polícia Civil e defende que o Jerffeson matou a fisioterapeuta para esconder o crime de estupro. Segundo o órgão, essa mudança pode impactar diretamente a condenação do pintor, que poderá passar a ser julgado pelo Tribunal do Júri e não por um juiz singular de direito.
 
Se a Justiça aceitar essas acusações, o pintor pode ser condenado a mais de 40 anos de prisão. O MPGO ainda pediu uma indenização de R$ 500 mil a serem pagos à família de Larissa.

Próximos passos

Assim que a Justiça receber a denúncia do MPGO, vai notificar o acusado para que ele constitua um advogado de defesa. Depois disso, deverá acontecer uma audiência preliminar antes do Tribunal do Júri para análise de provas.
Em seguida, o juiz poderá determinar se o pintor será julgado pelo Tribunal do Júri ou não. Caso decida que sim, isso deverá acontecer só ano que vem.
 

Relembre o caso

Na madrugada do crime (2 de outubro), Larissa publicou em seu Instagram um story assistindo a um desenho animado, marcando 01h28 no relógio. As investigações da polícia estimam que Jefferson entrou na casa dela por volta de 4h da manhã e saiu do local às 6h, dirigindo o carro da vítima com o corpo dentro do porta-malas.
 
Segundo a polícia, além de roubar o carro, o homem também levou itens da casa, como um botijão de gás e uma televisão.
 
"Esse carro era dela, estava na garagem. Os objetos que estavam dentro também eram pertences dela. Acreditamos na possibilidade de ter entrado na casa para fazer um furto, acabou progredindo para um estupro e retirou o corpo do local para evitar provas", disse o delegado Caio Martines.
Na tentativa de fuga para desovar o corpo, Jefferson capotou o carro na BR-060. Câmeras de segurança da região registraram o momento do acidente. No vídeo é possível ver quando o corpo é arremessado do carro, amarrado e enrolado em um lençol. O motorista sai correndo do local pela rodovia e entra em uma região de mata (veja abaixo).
Corpo é encontrado com pés e mãos amarrados após ser arremessado de carro que capotou

Corpo é encontrado com pés e mãos amarrados após ser arremessado de carro que capotou

 
Corpo é encontrado com pés e mãos amarrados após ser arremessado de carro que capotou
 
Segundo a Polícia Militar, Jefferson foi localizado minutos após o acidente e conduzido à delegacia. Em depoimento, ele disse ter recebido a quantia de R$100 e 25g de maconha do ex-namorado de Larissa para esconder o corpo. Mas a polícia contesta a versão do suspeito, acreditando que ele mesmo a roubou, estuprou e matou a vítima.
 
O ex-namorado da jovem chegou a ser ouvido, mas não foi investigado, pois não haviam elementos que o envolvessem com o crime. Conforme o delegado, Jefferson agiu sozinho e criou falsos álibis no decorrer da investigação para tentar se livrar do crime.

O suspeito

Jerffeson é natural do Rio Grande do Norte e cumpriu, no estado, pena pelos crimes de furto e roubo entre os anos de 2017 a 2023. O suspeito foi solto de sua última prisão em junho deste ano.
Durante o tempo em que ficou preso, os registros da PM apontam que Jefferson teve mau comportamento em algumas ocasiões, o que resultou em advertências;

A vítima

Larissa nasceu em agosto de 1998. Fisioterapeuta, ela trabalhava no Pronto Atendimento Pediátrico da Secretaria de Saúde de Rio Verde. O corpo da jovem foi encontrado e identificado pelas digitais na última segunda-feira (2). Ela foi sepultada na manhã da última terça-feira (3).
"Ela era formada há pouco mais de um ano, amava a profissão e era uma jovem simples, que gostava de viver a vida", descreveu a prima.

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