09/01/2014 às 20h34min - Atualizada em 09/01/2014 às 20h34min

Carlos Bezerra põe em dúvida lisura de diálogo do PR com PSB e PDT; crê que base republicana não aceita

Olhar Direto
Reprodução

Na batalha de bastidores em que se transformaram as articulações em busca de aliados, as insinuações de que “há algo escuso que não pode ser revelado” passaram a figurar com maior intensidade, nos últimos dais. Um dos que mais bate na tecla é o presidente estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, ao questionar “que tipo de vantagem [?]” o PDT e o PSB estariam oferecendo ao Partido da República (PR), para que haja pressa no encaminhamento da aliança.

“Em meu histórico, eu mantenho diálogo político de portas abertas. Eles [do PDT e PSB] conversam não sei o quê, com o PR. E, de repente, estão com muita pressa, o que me parece um tanto quanto obscuro”, cutucou dirigente peemedebista, em entrevista à reportagem do Olhar Direto.

Carlos Bezerra disse que recebeu manifestações de deputados estaduais e prefeitos do PR que não aceitam a forma com que as negociações estão sendo conduzidas, para a aliança com PDT, PSB e PPS. E, por isso, ameaçam não seguir com os caciques para o grupo do senador José Pedro Taques (PDT), pré-candidato ao governo de Mato Grosso.

O diálogo com Pedro Taques e Mauro Mendes vem sendo conduzido pelos deputados federal Wellington Fagundes, presidente do PR, e estadual Emanuel Pinheiro, secretário geral. “Recebi telefonemas de companheiros [do PR] defendendo a continuidade da aliança. São prefeitos e deputados que não aceitam ir com eles [PDT e PSB]. Então, se o PR realmente for, tudo indica que vai ‘rachado’, dividido nas bases”, observou Bezerra.

Como contragolpe à articulação do PSB e PDT, Bezerra e o presidente do PT, Willian César Sampaio, convocaram uma reunião dos aliados para a próxima a manhã da próxima segunda-feira (13/01). “Vamos conversar sobre nossas afinidades e sobre os próximos passos a serem dados”, desconversou Bezerra.

Considerado “pré-candidato natural do PT” ao governo de Mato Grosso, o secretário geral do Partido dos Trabalhadores, Ludio Cabral, explicou que a reunião é para conversação dos aliados. Vão sentar-se à mesa PMDB, PT e PSD. Também devem ser convidados dirigentes do PP e PR.

Lúdio Cabral negou que seja pré-candidato a governador. “Eu já disse que serei candidato ao cargo que o PT determinar. Isso está muito claro”, esclareceu ele, que é cotado também para brigar por uma cadeira na Câmara dos Deputados.
 

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