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19/11/2013 às 17h54min - Atualizada em 19/11/2013 às 17h54min

Corretores são presos suspeitos de fraudes em cartório para obter empréstimo de R$ 30 milhões

Olhar Jurídico
Olhar Direto

Dois corretores de imóveis foram presos, em Barra do Garças (503 km de Cuiabá), tentando obter registro de escritura falsa no cartório para dar como garantia em empréstimo de R$ 30 milhões junto a um banco do estado de São Paulo. A direção do cartório desconfiou da insistência dos corretores em ter o documento e o fato da assinatura do suposto proprietário da área não coincidir e por isso a polícia foi chamada.

Foram presos, quinta-feira (14), os corretores Divino Marra da Silva e Renato Alves de Oliveira Júnior, conforme informou o delegado Wilyney Borges, titular da Roubos e Furtos de Barra do Garças, que lavrou o flagrante e encaminhou o caso para o Judiciário. Divino e Renato foram soltos ainda na mesma quinta-feira após pagarem fiança no valor de dez salários mínimos, no total de R$ 6.780,00, arbitrada pela juíza plantonista, a magistrada de Campinápolis, Kátia Rodrigues de Oliveira. Ambos estiveram presos durante a operação Lacraia, realizada pela Polícia Federal (PF), em abril de 2007, também por denúncias de fraudes junto ao cartório de 1º ofício de Barra. 

O chefe do cartório de Barra, Adalberto, divulgou nota a imprensa onde explica que a escritura que os corretores queriam o registro era falsa e a assinatura não conferia. Adalberto pediu que as pessoas quando forem comprar um imóvel primeiro procure o cartório para não ter dissabor de comprar algo que não irá usufruir. O cartório explica que constantemente aparecem vítimas de supostos corretores para checarem a documentação e tomam um susto ao saber que o documento é falso. A maioria dos casos tem ocorrido com imóveis que integram o Jardim Nova Barra.

Ao analisar tais fotocopias, o cartório identificou adulteração em diversos campos do documento, configurando a prática de falsificação documental e estelionato. Adalberto disse que o cartório está à disposição para fornecer informações para imprensa e a população sobre esse assunto.

O delegado Wilyney disse que os corretores estavam pedindo registro de um documento falso em nome de uma pessoa que pretendia o empréstimo e isso pode configurar estelionato. “Nós temos informações que área dada como garantia para o empréstimo pertence ao inventário de uma família no Paraná”, explicou o delegado.

Os corretores contestam a denúncia do cartório que resultou na prisão alegando que imóvel em questão já esteve em nome do pretende ao empréstimo em 1996 e que obteve um documento no mesmo cartório em nome da mesma pessoa. “Nós não colocamos esse documento, ele já estava lá e com o nome do pretende registrado. Se houve alguma coisa errada foi dentro do cartório e portanto não é nossa culpa”, defende-se Renato que já avisou que irá mover uma ação contra o cartório.
 

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