A reitoria da Univar (Faculdades Unidas do vale do Araguaia), com sede em Barra do Garças, pleiteia junto ao Ministério da Educação (MEC) a abertura de um curso de medicina. No entanto, precisa convencer o ministro Aloísio Mercadante a abrir uma exceção e permitir que o município receba o curso, mesmo tendo população inferior a 70 mil habitantes, mínimo exigido pelo governo federal. O tema foi tratado na última semana, em Brasília.
De acordo com o deputado federal Júlio campos (DEM-MT), que intermedeia junto com o senador Blairo Maggi (PR-MT) e com o deputado Wellington Fagundes (PR-MT) as negociações entre a Univar e o MEC, a universidade possui quase três mil alunos e oferece cursos de odontologia, nutrição. A solução apontada é fazer com que o MEC aceite a soma dos municípios da região.
“Barra sozinha tem 57 mil habitantes, só que ao lado, Pontal do Araguaia, somando, já dá mais de 70 mil. Se colocar a cidade do lado de Goiás, Aragarças, já vai a 100 mil habitantes. É uma região estratégica, abrange Goiás e Mato Grosso. Essa região merece. É um polo. Foram vários municípios vizinhos num raio de 100 kms que daria mais de 300 mil habitantes.
Segundo o deputado, a Univar já possui todo o corpo técnico, médicos, enfermeiros e um hospital em condições de ser um hospital escola. “Falta apenas uma boa vontade do MEC de abrir esta exceção, que é considerar a população de Pontal do Araguaia e Aragarças para contar com barra do Garças”, ressalta.
Júlio cita os casos de Cuiabá e Várzea Grande, que em muitos casos não são consideradas cidades individuais para efeitos de investimentos públicos.
“Cuiabá, Várzea Grande e Livramento está tudo emendado. Várzea Grande tem cinco pontes e agora vão fazer a sexta ponte ligando com Cuiabá. É uma cidade gêmea. O aeroporto de Cuiabá está em Várzea Grande, parte do setor industrial está em Várzea Grande. Temos que falar em área regional”, justifica.
A solicitação foi feita pelo prefeito de Barra do Garças, Roberto Ângelo de Farias, pelo diretor da Univar, Marcelo Soler, e o jornalista João Bosco de Aquino Araújo. A Univar tem mais de dez cursos. Para os outros cursos não há exigência de população mínima de 70 mil habitantes.