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28/05/2020 às 15h09min - Atualizada em 28/05/2020 às 15h09min

Concessionária Rumo confirma projeto para expandir ferrovia em Mato Grosso

Empresa do grupo Cosan assinou renovação da concessão e confirmou inauguração da ampliação do terminal de cargas de Rondonópolis

Assessoria
ARAGUAIA NOTÍCIA


O presidente da Rumo Logística, concessionária da Ferrovia ‘Vicente Vuolo’, confirmou que a empresa definiu como prioridade a expansão de sua malha ferroviária no Estado de Mato Grosso. “O foco agora será estender nossa própria ferrovia em direção à carga. Temos que nos preparar para atender um Estado como o Mato Grosso, que até 2030 deve chegar a 120 milhões de toneladas de produção” – disse João Alberto Fernandez de Abreu, executivo da empresa.
 
Na quarta-feira, 28, a Rumo assinou a prorrogação antecipada do contrato da Malha Paulista, após quase cinco anos de um processo marcado por questionamentos e negociações duras. Com isso, a empresa de logística do grupo Cosan garantiu mais 30 anos de operação da ferrovia, em troca de R$ 6,1 bilhões de novos investimentos e R$ 2,9 bilhões em outorgas a serem pagas ao governo federal.
 
Na Webinar “Os impactos econômicos e sociais da prorrogação da Malha Paulista”, nesta quinta-feira, 28, o assunto voltou a ser debatido pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, o superintendente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Alexandre Porto, e o presidente do Conselho da Rumo, Marcos Lutz, além do presidente da empresa, João Alberto Fernandez. 



Os planos da empresa já haviam sido apresentados Frente Parlamentar de Infraestrutura e Logística (Frenlogi), cujo presidente é o senador Wellington Fagundes (PL-MT), que também participou da conferência online, juntamente com o senador Jayme Campos (DEM-MT), deputado federal Neri Gueller (PP-MT) e o governador Mauro Mendes. Fernandez e o ministro Tarcísio fizeram questão de enfatizar o empenho da Frente Parlamentar e também da bancada de Mato Grosso.
 
“Eu não tenho dúvidas de que o grande sonho do povo mato-grossense, que é a chegada da ferrovia até Cuiabá e depois avançar sobre as regiões de produção e processamento industrial do Estado, será concretizado. O passo determinante, que foi a renovação da concessão para permitir os investimentos e superar os gargalos de transporte foi dado e abriu esse importante caminho” – frisou o senador, que é também vice-presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado.
 
Segundo prevê os planos da empresa, a ideia é construir uma extensão da via, que hoje acaba em Rondonópolis, até Lucas do Rio Verde. A proposta estratégica seria criar um grande corredor ferroviário, formado pela Malha Norte e pela Malha Paulista, para escoar a produção do Mato Grosso até o Porto de Santos.
 
Segundo Beto de Abreu ao jornal “Valor Econômico”, o projeto é embrionário, mas a Rumo já chegou até mesmo a entrar com um pedido de licença ambiental para a extensão e adquiriu um terreno no município de Lucas do Rio Verde, para a construção de um terminal. A discussão com áreas do governo e órgãos reguladores, porém, ainda não teve início. A longo prazo, ele defendeu na Webinar desta quinta, que Mato Grosso tenha uma malha ferroviária própria para dar suporte a expressiva produção de grãos e produtos destinados a exportação. 
 
O executivo da Rumo também confirmou a conclusão das obras do Terminal de Cargas de Rondonópolis, da América Latina em operação. A previsão é de que seja entregue ainda na primeira quinzena de junho, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. O investimento no terminal alcançou a cifra de R$ 250 milhões, o que permitiu dobrar a sua capacidade.


 
Malha Paulista - Do total de investimentos previstos na renovação da Malha Paulista - trecho no Estado de São Paulo, até o porto de Santo, que se conecta com Rondonópolis -, cerca de um quarto terá que ser feito logo nos primeiros anos, segundo informa o jornal. A ideia da empresa é aplicar por volta de R$ 1,7 bilhão até 2023, de um total de R$ 6,1 bilhões previstos até o fim da concessão, em 2058.
 
A expectativa é mais do que dobrar a capacidade de transporte da ferrovia, das atuais 35 milhões de toneladas por ano para 75 milhões, além de fazer melhorias importantes, segundo o exemplo. “A Malha Paulista foi concebida há um século, para transportar café. Então você deve imaginar a oportunidade que temos de aumentar não só capacidade da malha como também todo o aspecto de segurança e eficiência”, diz.
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