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03/11/2018 às 08h26min - Atualizada em 03/11/2018 às 08h26min

Jovem está fora de perigo em Barra do Garças e autoridades alertam que divulgação de suicídios em WhatsApp contribui para mais suicídios

Ronaldo Couto
Araguaia Notícia
O aplicativo WhatsApp, que surgiu como algo inovador para facilitar a comunicação entre as pessoas, infelizmente se tornou também uma ameaça, pois é um campo minado onde algumas pessoas pensam que podem tudo e até mesmo arregimentar mais tragédias. Nos últimos anos, observei que as autoridades policiais de Barra do Garças têm evitado informações sobre suicídios porque são notícias dolorosas e que expõem famílias, vítimas e situações que podem incentivar novos casos de suicídios.

Na noite de sexta-feira (02/11) houve um tentativa de suicídio de um rapaz em Barra do Garças que foi salvo por um vizinho e uma guarnição do Corpo de Bombeiros em que muitas pessoas ficaram especulando nos grupos de WhatsApp quem era, onde mora e porque fez isso causando uma exposição gratuita da vítima e involuntariamente encorajando outros jovens a tentarem o mesmo. No caso de ontem, o jovem chegou andando na UPA ou seja está bem graças a Deus.

Vale ressaltar que o suicídio não é crime e na verdade a pessoa é uma vítima e precisa ser preservada acima de tudo e sua família também. Outro aspecto que chama atenção é que órgãos da fiscalização da saúde como OMS (Organização Mundial da Saúde) orienta que as publicações precisam ser no sentido de alertar as autoridades sobre programas preventivos ao suicídio que precisam ser lançados, a participação das igrejas, sociedade e da família para conversar com as pessoas que tem predisposição ao suicídio.

A OMS pede que nas notícias sobre suicídios não seja divulgado qual foi o método que a pessoa usou para cometê-lo para justamente não incentivar outros jovens que estejam com depressão passando pela mesma angustia.
Não publicar fotografias do falecido; mensagens deixadas à família; não informar método utilizado; não fornecer explicações cientistas ou glorificar o suicídio ou sensacionalismo sobre o caso e não utilizar estereótipos religiosos ou culturais; não atribuir culpas.

E as pessoas que usam o WhatsApp precisam ficar atentas para não compartilharem notícias NEGATIVAS ou INFUNDADAS até mesmo para não cometer mais desatinos. Durante o período eleitoral foi lançada uma campanha para as pessoas não COMPARTILHAREM NOTÍCIAS RUINS OU FALSAS. E devemos continuar assim.

As notícias sobre suicídios devem ser no sentido de cobrar programas preventivos e ações do poder público, igrejas e famílias sobre a prevenção acima de tudo.

Um trabalho sobre este tema que foi preparado por uma universitária de Barra do Garças será apresentado neste mês de novembro em São Paulo abordando o assunto do ponto de vista acadêmico e com objetivo de alertar as autoridades e população sobre a necessidade de acolher e orientar as famílias de que o suicídio pode ser evitado com uma palavra amiga ou simplesmente atenção e amor!!!
 

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