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30/12/2017 às 10h55min - Atualizada em 30/12/2017 às 10h55min

Amor que surgiu em ônibus há 23 anos tem super casamento com Bruno e Marrone

Campo Grande News
Divina e José se conhecerem jovens dentro do ônibus, na linha que leva ao Bairro Nova Lima. De famílias simples, a história dos dois poderia ser comum, mas eles ficaram ricos e depois de 23 anos juntos realizaram um sonho para poucos. Ontem, finalmente se casaram em um festão orçado em mais de R$ 750 mil e com direito a show particular de Bruno e Marrone.

José Aparecido Maia dos Santos, de 48 anos, e Divina Inácia de Souza, de 44, saíram do anonimato graças às "moedas digitais", garante o noivo, que vive de fazer propaganda dos bitcoins e lucrar com o esquema polêmico, que muitos dizem ser pirâmide. 

Sobre a guinada que fez o casal e os filhos mudarem do endereço no Bairro Nova Lima para condomínio fechado nos Altos da Afonso Pena, José prefere não falar muito, só diz ter entrado no ramo em 2008. 

Hoje, é um "black diamante" na escala de investidores de bitcoin. "Sou terapeuta na área holística, fui militar durante 10 anos e só quando conhecemos o mercado das moedas digitais é que conseguimos realmente mudar de vida", confirma.
 
A mudança na conta bancária parece mesmo real, levando em consideração os gastos com o casório.
 
A lista de convidados, por exemplo, teve 400 pessoas, a maioria amigos de longa data e parentes. As principais despesas foram pagas à vista e o casal ainda resolveu levar todos os 20 padrinhos para a Lua de Mel, com as despesas da viagem pagas. Primeiro, o grupo parte para Itapema (SC), para festejar Natal e Réveillon na praia. Depois, todos seguem para um cruzeiro internacional, também com tudo pago por José e Divina.

"A escolha é porque temos amigos muito próximos. E, depois de 23 anos juntos, a gente não precisa mais daquele momento sozinho, por isso decidimos curtir com a família e os amigos na praia", explica Divina. "Trabalhei muito para ter uma vida tranquila e como sempre fomos muito parceiros, a gente quis comemorar isso juntos", reforça José.

Para organizar e fornecer tudo que um casamento precisa, os dois contrataram alguns dos profissionais mais requisitados de Campo Grande, o que também significa valor considerável. A festa teve, inclusive, versão da dança do filme Dirty Dancing, coreografada por Ivan Souza, o que virou tradição nos casamentos por aqui.

A decoração se formou com centenas de rosas vermelhas e flores brancas espalhadas pelo salão do buffet Murano, na Afonso Pena. Para o casal, o lugar coube nas expectativas para a festa que "não era para ser tão grande. Porque, apesar do poder aquisitivo maior, somos pessoas muito simples até hoje, e os nossos convidados também", afirma José.

O menu não fugiu do trivial, com uma mesa farta de entradas, três pratos principais, bombons, trufas e bem-casados como lembrancinhas, entregues junto com DVD de Bruno e Marrone. Entre as bebidas, uísque, cerveja, vinho e uma ilha para preparação de drinques.
 
Quem cuidou de todos os detalhes da festa foi o cerimonialista Antônio Osmanio, indicado por amigos ao casal, por conta da experiência em grandes eventos artísticos. "Já produzi shows como Chitãozinho e Xororó, que exigem um trabalho diferenciado com som, montagem e acomodação da dupla. Porque o mais difícil é adaptar tudo isso para uma estrutura de casamento", afirma o cerimonialista.

Apenas com Bruno e Marrone, foram gastos cerca de R$ 300 mil, entre cachê e custos de passagem e hospedagem de uma das duplas sertanejas mais caras do Brasil. Mas pela alegria de Jose e Divina no palco, ao lado dos ídolos, o investimento valeu cada centavo.

"Se essa festa fosse quando a gente não tinha poder aquisitivo suficiente, seria mesmo no fundo de casa com churrasquinho. Mas agora, quando decidimos nos casar, não pensamos duas vezes em trazer a dupla dos nossos sonhos", diz ele.

Bruno e Marrone é trilha sonora do casal que acompanha a carreira da dupla desde os tempos de "Dormi na Praça", conta Divina.

Com dinheiro, contratar a atração foi mais simples do que se imaginava. "Ligamos e não houve nenhum empecilho. O empresário conversa primeiro com a dupla para ver se eles querem e, no meio das negociações, surgiu um evento no Nordeste, mas eles escolheram vir para Campo Grande", comemora José.

Amor mesmo - Quando José viu Divina pela primeira vez, dentro do coletivo, passou a pegar ônibus uma hora mais cedo só para fazer o trajeto ao lado dela. "Eu trabalhava como babá e tinha recém chegado em Campo Grande para ajudar a família. Um dia, ele resolveu pegar o ônibus às 5h20 e me viu", lembra ela. José não corrige uma linha e ainda acrescenta. "Eu dormia menos só para ficar ao lado dela", sorri.

Foram seis meses na troca de olhares até o primeiro beijo. Passados 23 anos, a cerimônia foi um momento para reafirmar o amor que surgiu e cresceu forte, dizem eles.

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