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16/03/2017 às 15h03min - Atualizada em 16/03/2017 às 15h03min

Saúde alerta para incidência de pessoas mordidas por cobras

Rafael Trindade
O grande número de pessoas mordidas por cobras em Vila Rica nos primeiros meses de 2017 tem preocupado a Secretaria de Saúde do município. De acordo com informações obtidas pela reportagem da Rádio Comunitária Eldorado FM, de 1º de janeiro até 14 de março deste ano, 7 casos já foram registrados de pessoas vítimas de picadas por animais peçonhentos.

As ocorrências preocupam porque, desde 2014 o Ministério da Saúde reduziu a quantidade de soro antiofídico em todo o país por problemas na produção. A falta do imunobiológico ocorre devido ao adiamento do cronograma de entrega ao Ministério da Saúde, por parte dos laboratórios produtores.

De acordo com os registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde 4 casos foram notificados em Vila Rica, porém, a Secretaria de Saúde do município afirma que este número é maior. Outros três pacientes deram entrada no Pronto Atendimento Municipal neste ano e tiveram que ser encaminhados para outras cidades devido à falta do soro antiveneno em Vila Rica.

Nestes casos a responsabilidade de comunicar o SINAN sobre as ocorrências é do município que realizou o atendimento, devido a isso os três casos mais recentes ainda não constam no sistema do Ministério da Saúde.

Para enfrentar o problema de baixo estoque de soro antiofídico, os municípios da região Araguaia-Xingu vêm trabalhando em parceria. As Secretarias de Saúde da região emprestam o imunobiológico de acordo com a necessidade de cada cidade. Os municípios estão sendo orientados, por meio de Nota Técnica, a utilizar de forma adequada o soro antiveneno, seguindo as instruções do protocolo clínico.

Em Vila Rica, segundo a Secretaria de Saúde, o caso mais recente, ocorrido no mês de fevereiro, foi de uma criança de 10 anos de idade, moradora de uma comunidade da zona rural do município que foi mordida por uma cobra cascavel. A criança chegou a receber o soro antiofídico no Pronto Atendimento Municipal, mas foi encaminhada para outra cidade devido à gravidade do caso.

Ainda de acordo com informações da Secretaria de Saúde os casos mais incidentes em Vila Rica são de pessoas mordidas por cobras jararacas, a maioria considerada de grau moderado. No Brasil, as picadas de jararaca (Bothrops jararaca) respondem por cerca de 90% do total de acidentes com humanos envolvendo serpentes. O veneno da jararaca pode provocar lesões no local da picada, tais como hemorragia e necrose que podem levar, em casos mais graves, a amputações dos membros afetados.

Alerta!

Evite tomar medidas que piorem a situação. Não tente cortar ou chupar o veneno. Cortar a ferida apenas causará mais problemas e aumentará o risco de infecção. Qualquer pessoa que chupe o veneno pode até mesmo engolir uma pequena quantidade e acabar envenenada.

Não coloque um torniquete ou gelo na ferida. Especialistas acreditam que o torniquete pode restringir demais o fluxo sanguíneo e o gelo, por outro lado, pode aumentar os danos da ferida.

Prevenção

Em locais propícios à presença de animais peçonhentos, deve-se utilizar equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas de couro e botas de cano alto ou com perneiras. Não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Adotar medidas preventivas quando realizar atividades de limpeza, deslocamento de móveis e outros objetos, pois serpentes, escorpiões e aranhas podem estar nas frestas, superfícies ou cantos. Examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las.

Nos sítios e chácaras manter uma área limpa em volta da casa, sem mato e, quando for aos pomares, seguir as orientações dos hábitos desses animais, pois a maioria deles gosta de ficar em cascas de árvores, escondidos entre as folhas do solo, debaixo de pedras, em locais úmidos e escuros.

Os animais peçonhentos injetam veneno pelo ferrão, dente, aguilhão e cerda urticante. Ao encontrar algum animal peçonhento em qualquer situação, afaste-se com cuidado, evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareçam mortos.

Na ocorrência de acidente, mantenha a vítima calma, evitando movimentos desnecessários, e com o membro acometido mais elevado em relação ao restante do corpo, caso seja possível. A vítima deve ser levada ao serviço de saúde do SUS com urgência. Se possível, e caso não apresente risco de um novo acidente, o animal agressor deve ser levado com a vítima.

A identificação do animal responsável pelo acidente facilita o diagnóstico e tratamento.

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