O governador Mauro Mendes (União) se posicionou contrário a implantação de câmeras nas fardas de agentes de segurança. “O problema da segurança no Brasil não está na presença ou ausência de câmeras nas fardas policiais, mas sim nas leis frouxas que não inibem o crime. Isso faz com que os criminosos percam o respeito e o medo da polícia e das instituições”, destacou ao comentar o caso de um homem preso com 300 kg de drogas em MT e que foi solto no dia seguinte numa audiência de custódia.
Segundo Mendes, o Estado não tem o projeto, tampouco intenção, de implantar o equipamento, pois é “ineficiente”. “Já se mostrou que não é eficiente. Se garantir que coloque uma câmera também em cada bandido para filmar a ação dele, aí a gente coloca a câmera em todos os nossos policiais”, afirmou.
Um projeto de lei que trata sobre a implantação dos equipamentos nas fardas tramita desde fevereiro de 2022 na Assembleia Legislativa. No entanto, o assunto ainda gera polêmica devido ao impasse entre aqueles que são a favor e os contra.
Em 2021, o Governo do Estado chegou a encomendar um estudo para levantar dados sobre eficiência e se traz de fato transparência nas ações de segurança. Neste ano, o assunto voltou à tona após a morte de jovem Diego Kalininski, de 25 anos, atingido por quatro disparos por policiais militares, em Vera, em fevereiro.
A medida já foi implementada em alguns Estados, como São Paulo. Lá, as mortes cometidas por policiais militares caiu em 19 dos 131 batalhões do Estado um ano após a implantação dos equipamentos. Questionado sobre a eficiência das câmaras no Estado, Mendes discordou. “Isso não é uma verdade”.
