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27/10/2015 às 14h46min - Atualizada em 27/10/2015 às 14h46min

Bancários rejeitam reajuste de 10% e greve continua em MT

Midia News
Reprodução

Os bancários rejeitaram a proposta feita pelos bancos e decidiram dar continuidade à greve em Mato Grosso.

A decisão foi tomada pela categoria em assembleia geral realizada na segunda-feira (26), quando foi recusado o reajuste salarial de 10% proposto pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

A greve dos bancários teve início no dia 6 deste mês. Desde então, 269 agências fecharam as portas no estado e os atendientos estão restriros a caixas eletrônicos, internet b anking e casas lotéricas.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), José Guerra, os trabalhadores acharam a proposta de reajuste salarial “muito ruim” e reclamam que as demais reivindicações da categoria foram ignoradas pelas instituições financeiras.

“A proposta, na verdade, é muito ruim. Ficamos todo esse tempo mobilizados e a proposta feita pelos bancos cobre apenas a inflação de 2014, ou seja, teríamos apenas 0,12% de ganho real. Além disso, não houve avanço em nenhuma das outras reivindicações, como mais segurança e melhores condições de trabalho. Isso também desanima bastante a categoria”, afirmou.

Ao G1, Guerra afirmou que uma nova assembleia será realizada com os trabalhadores na terça-feira (27), a fim de que eles possam avaliar as decisões tomadas pelos sindicatos dos demais estados. Ele afirma, porém, que não acredita em uma melhor proposta da Fenaban para os bancários.

“Acho que não vamos conseguir um proposta melhor do que essa, mas vamos esperar a assembleia de amanhã para ver qual foi o resultado do restante do país. Se a maioria aceitar a proposta, não teremos como manter o movimento”, disse.

Decisão judicial

No último dia 20, o Tribunal Regional Eleitoral (TRT-MT) acatou, por meio de liminar, o pedido da diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT) para que fosse realizado atendimento bancário para cumprimenro dos mandados juduciais de pagamento e liberação de valores depositados em contas judiciais aos advogados e jurisdicionados..

A decisão da juíza Bianca Cabral Doricci determinava ao sindicato que as agências e postos de atendimento bancário mantivessem trabalhadores suficientes para atendimento das ordens judiciais, como alvarás, guias de pagamento ou liberação de crédito, para advogados e jurisdicionados.

Proposta

A proposta feita pela Fenaban previa 10% de reajuste nos vencimentos e benefícios – acima da inflação de 9,88% de 2014 – e aumento de 14% nos vales refeição e alimentação.

A federação também propôs abonar 63% das horas dos trabalhadores que cumprem jornada de seis horas – em um total de 84 horas – e 72% das horas para os funcionários que cumprem jornada de oito horas por dia, totalizando 112 horas.

As negociações tiveram início com os banqueiros oferecendo 5,5% de aumento nos salários e benefícios. Na segunda rodada, a proposta foi de reajuste de 7,5% e, na terceira rodada, o aumento oferecido foi de 8,75%.

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66 e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários, acrescido de R$ 7,2 mil, além de vales alimentação e refeição e auxílio creche/babá de R$ 788.

Pagamento de cursos superiores e de pós-graduação também são reivindicados, bem como melhorias nas condições de trabalho e segurança, com o fim de metas consideradas “abusivas” pela classe.

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