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10/07/2015 às 10h31min - Atualizada em 10/07/2015 às 10h31min

Conselho tutelar já recebeu mais de 30 denuncias de abusos sexuais contra crianças este ano

Agência da Notícia
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 "Não passa uma semana sem recebermos uma denúncia", foi com esta declaração que a conselheira tutelar de Confresa, Ângela Borba, definiu o ritmo de trabalho na instituição. Os números, segundo ela, são assustadores, foram mais de trinta denúncias somente nos seis primeiros meses do ano, uma média de cinco casos por mês.

"É como se uma criança fosse abusada por semana em Confresa", lamenta.

No entanto, o perfil das vítimas tem mudado. Hoje, a maioria dos casos envolve meninas com idade entre nove e doze anos, e o agressor, geralmente é uma pessoa próxima, que detinha confiança da família da menor. Na maioria dos casos os acusados são padastros, mas não são poucos os que envolvem tios e até mesmo primos.

"Antes a idade das vítimas era menor, hoje percebemos uma mudança no perfil, o que não torna o crime menos nojento", comentou a conselheira, reforçando ainda, que com o crescimento do município surgiram casos de prostituição de menores, e até mesmo abusos cometidos por caminhoneiros, que passam as noites parados em postos de combustíveis da cidade.

"Cresceram bastante as denúncias com relação a estes casos, de forma assustadora", salienta Borba. Todas as denúncias são encaminhadas para a polícia civil, que começa uma investigação. Os casos são mantidos em sigilo para preservar as vitimas, dos comentários que surgem após os casos tomarem o conhecimento do público.

Apensar do perfil das vítimas terem mudados, ainda ocorrem denúncias, em que as vítimas são ainda mais novas, e meninos.

A investigação

Quando um caso chega ao conselho tutelar, os conselheiros passam a fazer uma averiguação na família, conversando com a vítima e com pessoas próximas. Há qualquer sinal que levante suspeita de que denúncia é verdadeira as informações são repassadas aos investigadores da Polícia Civil. Lembrando que antes disso, o caso já precisa ser registrado.

Uma das investigações que mais chamaram a atenção da população de Confresa, envolveu uma pessoa pública. Na época, o acusado, popularmente conhecido como Assis da Saúde, ocupada uma das cadeiras da Câmara de Vereadores. Ele foi acusado, e condenado em primeira instancia, por ter abusado de uma menina de 13 anos, nas vezes em que pedia para passar as noites na casa da família da vítima, que morava em um povoado da zona rural.

Ele recorreu da sentença e aguarda em liberdade. 

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