A taxa para rebocar veículos apreendidos em blitz no interior de Mato Grosso chega a ser mais cara no interior do que em Cuiabá. Em Barra do Garças, motociclistas pagam em torno de R$ 80,00 para guinchar o veículo até o pátio da Ciretran, enquanto que, na capital, o mesmo serviço é oferecido por R$ 50,00 em distâncias menores do que 30 quilômetros.
“Eu paguei R$ 80,00 pelo guincho [em um percurso] do centro até a Ciretran em uma distância de 3 km”, reclama um universitário cuja moto foi apreendida numa blitz realizada pela Polícia Militar. E na hora de retirar a moto, o estudante foi orientado a pagar o guincho e levar o recibo para retirar o veículo no pátio da Ciretran.
O diretor da Ciretran de Barra do Garças, João Leandro, disse que o procedimento é esse: primeiro o interessado deve efetuar o pagamento do guincho e depois conseguir a liberação do veículo. Sobre o valor questionado, ele destacou que as empresas que prestam o serviço de reboque ainda não foram credenciadas junto ao Detran e por isso não existe uma fiscalização do valor cobrado.
João Leandro explica que o rodízio das empresas de guincho fica a critério da Polícia Militar que promove as blitz. “Nós fomos procurados por uma empresa de guincho que reclamou que não é chamada e que estariam chamando só uma empresa”, mencionou o chefe da Ciretran.
De acordo com a tabela divulgada pela Iomat, a taxa estipulada pelo Detran para reboque de motos é de R$ 50,00; carros e caminhonetes R$ 80,00 e adicional de R$ 4,00 por quilômetro rodado em distância acima de 30 km.
João acredita que a polêmica do guincho só vai acabar após o credenciamento das empresas. O assunto aflorou em Barra do Garças devido ao número de blitz que triplicou com a chegada do coronel Eddie Metello no município.
São mais de 600 veículos recolhidos ao pátio da Ciretran totalizando mais de R$ 48 mil só de guincho, fora as multas e IPVA atrasado.