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05/05/2015 às 13h30min - Atualizada em 05/05/2015 às 13h30min

Obras do Memorial Rondon seguem em andamento em Mimoso

Assessoria/Secid-MT
Assessoria/Secid-MT

Em comemoração aos 150 anos do nascimento do Marechal Cândido Rondon, a Secretaria de Estado das Cidades (Secid-MT) reforça que as obras para conclusão do Complexo Turístico e Histórico de Mimoso, mais conhecido como Memorial Rondon, estão em andamento. Nesta terça-feira (5), o Governo de Mato Grosso realiza evento no espaço em que irá abrigar exposições, atividades culturais e turísticas em homenagem a Rondon.


O início da construção do Complexo foi em 28 de dezembro de 2000, quando o extinto Ministério do Esporte e Turismo confirmou os primeiros repasses financeiros para a antiga Secretaria de Estado de Cultura. Na época foi acordado que a União arcaria com parcela de R$ 800 mil. A elaboração dos projetos para o espaço teve início no ano seguinte. Juntos, os arquitetos José Afonso Portocarrero e Paulo César Molina Moreira idealizaram o espaço em homenagem ao mimosiano Rondon.

Para a formatação do Complexo Turístico, os profissionais estudaram a vida e trajetória de Rondon. Dentre os marcos biográficos enumerados pelos arquitetos estão o nascimento de Rondon em Mimoso, seu histórico militar no estado do Rio de Janeiro e, principalmente, as expedições no interior de Mato Grosso e por terras amazônicas junto a grupos indígenas.

Obra
Para continuação do projeto, no ano de 2006, junto à Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT) foi firmado contrato no valor de R$ 957.737,72 com a Baggio e Cia Ltda. A empresa foi a responsável pela construção da estrutura metálica que existe atualmente no Distrito de Mimoso. Com a finalização dos trabalhos, novamente a obra foi paralisada.

Em 2014, o reinício do Complexo Turístico foi anunciado. A ideia era que o local fosse finalizado para a Copa do Mundo, que também teve Cuiabá como uma das sedes. Porém, mais uma vez o projeto não caminhou. Atualmente, a empresa Aroeira Construção, Incorporação e Vendas é a responsável pela continuação das obras. O contrato, no valor de R$ 2.979.377,18, compreende a conclusão da obra.

Conforme projeto inicial, no espaço que compreende o piso principal (2.141,62m²) serão realizadas as atividades comunitárias e de apoio ao turismo, com a venda de artesanato, guias e informações. Também neste local serão dispostos os sanitários masculinos/femininos, PNE masculino/feminino, sala de projeção de vídeos e depósito.

Já na área superior (983,31m²) estão previstas as salas de exposição, biblioteca, quatro salas de apoio, sendo uma delas para técnica de controle de som/iluminação e outra para administração do Memorial, além de um espaço para curadoria das exposições, sala para laboratório e almoxarifado.

Em relação à energia elétrica, o projeto prevê a instalação de placas fotovoltaicas. Já o sistema de esgotamento sanitário é do tipo estação compacta e o abastecimento de água por meio de poço artesiano.

Histórico de Rondon


Filho de Cândido Mariano da Silva e Claudina de Freitas Evangelista da Silva, Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu no dia 5 de maio de 1865, no Distrito de Mimoso, no município de Santo Antônio de Leverger. Ainda muito pequeno, passou a ser criado por um tio, pois os pais haviam falecido. Aos 16 anos, após completar os estudos em Cuiabá, decidiu seguir carreira militar. Foi nesta época que passou a morar no Rio de Janeiro.

Aos 18 anos, começou os estudos junto à Escola Militar da Praia Vermelha e em 1886 ingressou na Escola Superior de Guerra. Foi nesta instituição que se destacou junto ao movimento pela Proclamação da República. Após ser promovido na carreira militar, também se graduou em Matemática e ainda em Ciências Físicas e Naturais.

Sua história junto à comunicação teve início em 1889 quando participou da construção das linhas telegráficas de Cuiabá, assumindo a chefia do Distrito Telegráfico de Mato Grosso. Devido ao bom trabalho desempenhado no Estado, Rondon iniciou a construção da linha teleférica entre a capital mato-grossense e Corumbá, onde alcançou os países de fronteira, Paraguai e Bolívia.

As expedições de Rondon ganharam ainda mais destaque quando avançaram até a região amazônica. Foi no 1907, quando a Ferrovia Madeira-Mamoré estava sendo executada, que Rondon ampliou sua atuação. Além das linhas telegráficas, o mimosiano ainda contribuiu com informações para levantamentos cartográficos, topográficos, zoológicos, botânicos, etnográficos e linguísticos.

Devido ao contato e respeito para com diversos povos indígenas que conheceu ao longo das expedições, Rondon foi nomeado o primeiro diretor do Serviço de Proteção aos Índios, que posteriormente se tornou a atual Fundação Nacional do Índio (Funai). Após sua contribuição para com o país, Cândido Rondon recebeu inúmeras promoções junto ao serviço militar, mas somente no ano de 1955, que recebeu pelo Congresso Nacional a patente de marechal.

Rondon faleceu no estado do Rio de Janeiro, no dia 19 de janeiro de 1958, com quase 93 anos.

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