12/03/2015 às 20h34min - Atualizada em 12/03/2015 às 20h34min

Morre homem mais velho de Barra do Garças que adorava dançar

Ronaldo Couto
Araguaia Noticia Ronaldo Couto na festa de 100 de Filó em 2014

Ele iria completar 101 anos em maio, morreu Filogônio Fernandes Carrijo, o Filó como era conhecido. Natural de Patos de Minas, ele criou treze filhos e tinha uma paixão: a dança.

E foi como integrante do forró da Melhor Idade que Filò se tornou conhecido em Barra do Garças. O corpo dele está sendo velado na rua Raimundo Melo nº 664 em frente a Ana Noivas, no bairro Campinas.

O homem mais velho de Barra do Garças estava internado com problemas de saúde que se agravaram nos últimos dias por causa de uma pneumonia. A história dele deixa uma lição: a vida é curta para a gente ficar aborrecido com coisas pequenas e que devemos sorrir e amar mais. 

No ano passado, o aniversário de 100 anos de Filó foi comemorado no Palácio do Forró com a participação de familiares e integrantes da Melhor Idade. Teve bolo e presentes que deixaram o ex-carreiro (comanda carro de boi) bastante emocionado.

Acompanhe trecho da entrevista de Filó, em maio de 2014:

Perguntado qual seria o segredo para se viver mais, ele respondeu na época: dançar! “Eu gosto de dançar e os médicos disseram que a dança me faz bem”, contava Filó. Ele passou a freqüentar os clubes de dança após orientação médica para se recuperar de uma fratura na bacia provocada em um acidente há 20 anos. 

Os médicos sugeriram que ele fizesse caminhada e participasse do clube de dança da Terceira Idade para ajudar na recuperação.

A receita deu tão certo que ele não parou mais de dançar e se tornou um cliente fiel no Palácio do Forró. O proprietário do clube, Fernando Delmondes, considera Filó um segundo pai. “Ele foi amigo do meu pai e o visitou durante o período em que ele estava doente e foi nesse tempo que passei admirá-lo”, disse o empresário da noite.

Filho de Roque e Dona Luiza, Filó lembrava até o horário que nasceu. “Eu nasci às 23 horas do dia 30 de maio de 1914”, contou durante entrevista em maio do ano passado.
Por sessenta anos morou em Torixoréu onde ajudou a construir a primeira ponte de madeira do município sobre o rio Araguaia e por doze anos exerceu o ofício de carreiro.

Filó deixa treze filhos, dos quais dez estão vivos: Adalto, Olinda, João, Sandoval, Iracema, Hilda, Vanir; Maria, José e Laurinda Carrijo. Dona Laurinda com setenta anos é quem cuida dele hoje.

Bastante cordial, ele se referia a filha Laurinda como mãe. “Essa aqui é minha filha. Eu a criei e hoje ela está me criando, portanto é minha mãe”, trecho de sua entrevista em 2014.

Dona Laurinda conta que o pai nunca fez dieta, porém não fazia extravagâncias e tomava algumas vitaminas e raramente ficava resfriado. “Eu acho que o segredo está na genética, porque a mãe dele (Luiza) viveu até os 103 anos”, finalizou.
Descanse em paz, seo Filó
 

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