Para os apreciadores do Pequi, fruto típico do cerrado brasileiro, o sonho é poder apreciá-lo sem medo de “espetar” a boca, ou seja, um fruto sem espinho, e isso já é possível no triângulo mineira, na Universidade Federal de Uberlândia.
O fruto que virou tema de estudo, foi encontrado em São José do Xingu em uma fazenda, na ocasião os estudiosos levaram mudas do fruto para estudar, melhorar e fazer um enxerto, "o pequi que estamos colhendo é fruto de um enxerto de um material trazido da planta no Xingu. Nós trouxemos, enxertamos e plantamos o material aqui", disse o técnico em agropecuária da UFU, Francisco Raimundo.
Entusiasmado com a produção do pequizeiro, o técnico disse ao G1 que, além de dar frutos sem espinho, ele também é rentável. Como ponto negativo, ele pontuou a dificuldade de produzir mais mudas para atender a população, já que a semente do pequi demora para germinar. "É um trabalho melindroso. Depois de colhidos os frutos eles tem que ser levados para o laboratório e despolpados para plantio. Uma semente, depois de plantada, pode levar de um há dez meses para germinar", afirmou.
O técnico afirmou que o sabor não muda, continua o mesmo, e o fruto sem espinho tem 35 vezes mais polpa que o encontrado no cerrado, “ele pode ser consumido in natura. A poupa é macia, adocicada e de cheiro mais agradável", disse.
Segundo informou a UFU, por enquanto ainda não estão sendo produzidas mudas para o plantio em outras áreas.