Reprodução Barriga é prefeito de Torixoréu. Ele alega que não tem onde jogar o lixo porque o aterro sanitário está embargado pela Sema O relatório detalhado sobre os gastos das diárias da Prefeitura de Torixoréu, a 556 km de Cuiabá, referente ao exercício de 2010, ainda não foi enviado pelo prefeito Máximo Barriga (PSB) à Câmara Municipal. No final do ano passado, se comprometeu a apresentar justificativa para as 32 viagens feitas em apenas sete meses, no ano passado.
A presidente da Câmara, Maria Lúcia, disse estar sendo cobrada pelos colegas vereadores sobre o relatório. Já o vereador Vanney Neves (PC do B) criticou o excesso de viagens do prefeito cujas diárias eram de R$ 800 e R$ 1.100,00 para dentro e fora do Estado. “Nós queremos ver o relatório até mesmo porque não estamos vendo nenhum benefício para o povo com essas viagens”, frisou o parlamentar.
O prefeito Barriga rebate as críticas dos vereadores ao afirmar que já reduziu as diárias para R$ 500 e R$ 700 após o escândalo. Sobre o relatório, o chefe do executivo explicou que as informações constam nas contas da prefeitura junto ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE). Afirma ainda não ter sido punido e sim advertido pelos técnicos do TCE, que entenderam que os valores das diárias estariam altos para o tamanho do município.
Barriga discorda ainda de que o gasto seja alto, alegando que os antecessores gastaram muito mais do que ele com diárias. “Eu preciso viajar até mesmo para negociar dívidas do município”, acrescentou. Na semana passada, ele diz ter pago um precatório da prefeitura de R$ 1,1 milhão, além do que argumenta ter herdado R$ 8 milhões em dívidas previdenciárias.
O escândalo das diárias de Torixoréu surgiu em outubro, quando o TCE constatou gastos de R$ 91 mil com diárias, sendo R$ 52 mil somente com o prefeito cujo salário é de R$ 7,1 mil e em um mês recebeu R$ 7,6 mil em diárias acima do seu vencimento.
A cidade de Torixoréu caiu de 5 mil para pouco mais de 3 mil habitantes, conforme o Censo de 2010
