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14/09/2024 às 14h54min - Atualizada em 14/09/2024 às 14h54min

Candidata a vereadora e irmã são sequestradas e mortas em MT

Um rapaz não identificado também foi assassinado; caso ocorreu em Porto Espiridião, neste sábado (14)

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Rayane Alves Porto e Rithiele Alves Porto (no detalhe), que foram assassinadas. Foto: Polícia Militar de MT
As irmãs Rayane Alves Porto e Rithiele Alves Porto foram sequestradas, torturadas e mortas por membros de uma organização criminosa em Porto Espiridião (a 322 km de Cuiabá), neste sábado (14). Um rapaz não identificado também foi assassinado. 

As irmãs eram proprietárias de um circo e Rayane era candidata a vereadora no município pelo PSD.

O presidente do partido de Porto Esperidião e candidato a prefeito da cidade, Herlius Albertini lamentou a morte das irmãs.

“Em sinal de respeito e luto, todas as atividades políticas e do grupo estão suspensas. Nesse momento de imensa dor, nossas palavras são poucas, mas nossos corações estão com a família, a quem oferecemos nossas mais sinceras condolências. Que Deus conceda força e conforto aos familiares e amigos neste momento tão difícil. Nossas orações e sentimentos mais profundos estão com todos”, diz trecho da nota.

Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada às 4h por um jovem pedindo socorro. Ele relatou que, junto aos amigos, foi sequestrado por um grupo de nove pessoas, sendo 7 homens e 2 mulheres, ao saírem do evento Festival de Pesca. 

O grupo pediu que eles o acompanhasse até uma casa que funcionava como cativeiro na Rua Marechal Cândido, localizada no centro da cidade.  

Após ouvirem o relato, os policiais foram ao endereço e encontraram um rapaz morto no chão. Ele tinha ferimentos de arma branca na nuca e estava ensanguentado. Além disso, sua orelha e seu dedo mínimo da mão esquerda estavam cortados. 

A polícia, então, passou a investigar os cômodos da casa. Na cozinha havia dedos e cabelos que foram cortados das vítimas. 

Ao chegarem no último quarto, que ficava à direita, os policiais encontraram os corpos de  Rayane e Rithiele. Elas tinham sinais de tortura por arma branca e seus cabelos estavam cortados.

Segundo o sobrevivente, os suspeitos disseram integrar uma facção criminosa e fizeram tortura psicológico ao ameaçar matá-los se não entregassem dinheiro. 

Além disso, os sequestradores disseram que o sequestro ocorreu porque os jovens fizeram o sinal de “número 3” com as mãos em uma foto no Rio Jauru. O símbolo, conforme os suspeitos, serve para identificar membros de uma organização criminosa rival. 

Durante o relato à polícia, o sobrevivente disse que escapou do cativeiro pulando muros de várias casas até chegar à base da Polícia Militar.  

Ele foi encaminhado à Unidade Básica de Saúde (UBS) do município e não corre risco de vida. 

A polícia, entretanto, não encontrou os suspeitos. 

A Polícia Civil foi acionada para investigar o caso e um boletim de ocorrência foi registrado. 

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