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13/05/2024 às 15h45min - Atualizada em 13/05/2024 às 15h45min

Max Russi e ministro do STJ abordam judicialização da saúde durante palestra

Antônio Saldanha também foi homenageado com um título de cidadão mato-grossense, proposto pelo deputado

Assessoria / Sicredi Araxingu
A judicialização da saúde foi umas das principais pautas da palestra ministrada pelo ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Antônio Saldanha Palheiro, nesta segunda-feira (13), na Assembleia Legislativa. O encontro foi proposto pelo primeiro-secretário do Legislativo, deputado Max Russi (PSB). 

A partir do tema `"Saúde no Brasil: Aspectos Jurídicos da Judicialização, fraude e inteligência artificial", o ministro do STJ considera que judicializar é algo que foge do controle de qualquer orçamento. 

“Qualquer previsão orçamentária se baseia em dados específicos. A judicialização, ela é imprevisível. Você vai desde um medicamento mais simples até os medicamentos de alto custo. É um problema grave, que a gente tem que enfrentar”, esclarece.

Para o deputado Max, o ideal é não ter demandas judicializadas, por muitas vezes atingindo aos cidadãos que mais precisam. Ele citou o caso do mutirão de cirurgias em Rondonópolis, realizados pela Santa Casa mediante um convênio Consórcio Regional de Saúde sul de Mato Grosso (Coress/MT) e sofreu pedido de interrupção do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), por motivos de dívidas do complexo hospitalar. “Penso que o ideal é não haver judicialização. A ausência do Estado gera mais custos, toma mais tempo, torna os procedimentos mais onerosos” avalia o deputado. 

O uso da inteligência artificial também foi repercutido durante a palestra. Para o deputado Max, a IA precisa sim ser utilizada, mas para medidas que resultem no bem-estar. 
“Deve ser usada para tornar nossa vida mais fácil e produtiva, para sobrar mais tempo para fazer as boas coisas da vida, como: ficar com a família, lazer, praticar a religiosidade de cada um, praticar exercícios físicos. Vivemos em uma era com muitos problemas psicológicos, depressão atingindo números alarmantes e essa pressão por produzir mais e mais não deve ser o nosso objetivo. A IA deve nos ajudar nesse sentido”, considera.

 Pouco antes do início dos trabalhos, o ministro foi agraciado com o título de cidadão mato-grossense. “Grato ao deputado, pela homenagem belíssima que recebi com esse título”, agradeceu.

Além de escolas estaduais, universitários, policias militares, operadores da saúde de direito, também estiveram presentes a vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Maria Erotides Kneip, o deputado federal Coronel Assis, o procurador-geral de Justiça em Mato Grosso, Deosdete Cruz Junior, a Defensora Pública Geral de Mato Grosso, Maria Luziane Ribeiro de Castro, a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB_MT), Gisela Cardos, dentre outras autoridades.

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