A jovem Karine Camargo tem compartilhado nas redes sociais uma saga de dor e luta, que teve início na última quarta-feira (17), após perder o filho de apenas 5 meses. O bebê morreu enquanto estava aos cuidados da Creche Criança Feliz, em Várzea Grande.
"O que aconteceu com meu anjinho não pode ficar impune, os responsáveis precisam ser punidos!"
Enquanto funcionários alegaram à Polícia que acreditavam que o menino havia se engasgado com leite após a soneca, a certidão de óbito diz que a causa da morte foi “traumatismo cranioencefálico produzido por instrumento contundente”.
“O que aconteceu com meu anjinho não pode ficar impune, os responsáveis precisam ser punidos!”, disse Karine em uma de suas publicações.
O caso gerou comoção e levou dezenas de pessoas à porta da unidade, localizada no Bairro Jardim Marajoara, na manhã desta segunda-feira (22). Clamando por Justiça, a multidão carregava balões e cartazes com fotos do pequeno.
“Assassina, mentirosa, criminosa. Aparece! Justiça! Justiça! Justiça!”, gritava a multidão em um dos vídeos compartilhados do protesto.
Karine também divulgou relatos de outras mães, que teriam denunciado casos de supostos maus-tratos na mesma unidade.
“Peço a todas as mamães que tem me enviado as denúncias dos maus tratos a seus filhos, que liguem no 197. Recebemos esse pedido dos responsáveis pelas investigações. Isso será muito importante neste momento”, disse Karine.
Inconsolável
Em uma das primeiras postagens Karine diz: “Deus, por quê? Logo o meu anjinho. Faria de tudo para te ter de volta”.
Em outra publicação, ela conta que despertou no meio da madrugada para amamentar o filho, mesmo horário que era de costume ele acordar. “Olhei para o seu berço e você não está aqui”, disse.
“O meu coração arde, chora, uma dor que sufoca, não consigo falar”, disse ela após agradecer as mensagens de apoio que tem recebido.
Karine publicou um vídeo aos prantos, bastante emocionada e sem conseguir falar ainda sobre o caso.
“Eu estou aqui há tanto tempo tentando falar, mas eu não consigo, o meu coração dói demais”, disse.
Registros do velório e sepultamento do menino se intercalam com fotos e vídeos de quando ele ainda estava vivo.
A Polícia Civil abriu um inquérito e investiga o caso, tido inicialmente como “morte a esclarecer sem indícios de crime”.
