21/02/2024 às 18h20min - Atualizada em 21/02/2024 às 18h20min

Polícia descobre grupos de zap que vendiam conteúdo de pornografia infantil com mais de 300 integrantes

G1 GO
Araguaia Notícia
Os grupos em aplicativo de mensagens montados para venda de conteúdo de pornografia infantil e envio de ‘amostras’ tinham mais de 300 integrantes, de acordo com a Polícia Civil. Um assistente técnico em conserto de celulares foi preso suspeito de montar os grupos e fazer os anúncios dos conteúdos. Outros dois homens foram presos por armazenar as imagens nos celulares.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados e, com isso, o g1 não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização dessa reportagem.

“Ele [líder] monitorava e criava grupos, alguns com mais de 300 pessoas. Então é um potencial revendedor desses conteúdos”, disse a delegada Marcella Orçai.

A delegada explicou que o dono desses grupos criava anúncios digitais com as imagens de exploração, divulgava em grupos de venda de produtos em geral em redes sociais e deixava um link para que os interessados pudessem entrar.

Além dos três presos, a polícia já identificou e está apurando a conduta de mais 15 pessoas que participavam do grupo. Em alguns casos, há comprovantes de transferências bancárias entre os suspeitos.

A investigação começou há seis meses. A polícia divulgou prints de conversas no WhatsApp que mostram o suspeito dizendo que tem mais de cinco mil vídeos e material pornográfico de crianças para vender.

"Tenho tudo, de 10 anos para cima e para baixo também (risos)", diz o suspeito.

Em outra mensagem, o suspeito lista os conteúdos que diz ter armazenado:

“Vários. Mãe e filha, estupro, tudo”.

A delegada pontuou ainda que não adianta justificar que não sabia do que o grupo se tratava ou que entrou nos grupos por acaso, porque tinham convites para clicar e participar.

"Não é só um armazenamento de imagens. Para aquela imagem ser armazenada alguma criança foi abusada. Para haver o armazenamento tem que haver o estupro e tudo é crime, e é muito grave", diz a delegada.

Ao todo, a polícia cumpriu 16 mandados em 11 cidades goianas.

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