29/11/2023 às 16h36min - Atualizada em 29/11/2023 às 16h36min

Júri condena a 60 anos de cadeia faccionados que torturaram e executaram suposto estuprador

Em julgamento ocorrido na segunda-feira (27) o Tribunal do Júri de Cuiabá condenou B.R.M e J.R.L. pelo homicídio de Felippe Fernandes Rodrigues da Silva, 21, em setembro de 2021. Somadas, as penas chegam a quase 60 anos de prisão.

O julgamento já havia sido adiado algumas vezes, mas acabou ocorrendo nesta semana. Felippe Fernandes Rodrigues da Silva foi torturado e executado por membros de uma facção criminosa após ter sido acusado de estupro. BRM e JFL foram denunciados pelo crime.

Dias antes de sua morte, Felippe e outro homem foram detidos pela Polícia Militar sob suspeita de terem cometido um estupro. Eles foram ouvidos e liberados. Um tempo depois, após circularem em grupos de aplicativo de mensagem que uma facção criminosa queria lhe aplicar um “salve”, Felippe procurou a polícia para denunciar a ameaça. No mesmo dia ele desapareceu e depois foi encontrado morto.

O Tribunal do Júri acabou condenando 'B' e 'J'. Ao definir a pena, a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, pontuou que, mesmo que o estupro fosse comprovado, Felippe deveria ser julgado pela Justiça e não pela organização criminosa.

“O comportamento da vítima não contribuiu para a prática do crime, pois mesmo que tenha praticado o crime sexual contra R., deveria responder judicialmente e não executada sumariamente pelos membros da reportada Organização Criminosa, sem qualquer direito de defesa”.

'B' foi condenado a 28 anos de prisão em regime fechado, com pagamento de 50 dias-multa, e 'J' foi condenado a 30 anos e 9 meses de prisão em regime fechado, com pagamento de 80 dias-multa. A magistrada negou a eles o direito de recorrer em liberdade.

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