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07/08/2023 às 11h48min - Atualizada em 07/08/2023 às 11h48min

Jovem que morreu durante teste físico em concurso da PM era de Goiânia

Araguaia Notícia com G1 GO

A irmã do jovem Arthur Matheus Martins Rosa, de 25 anos, que morreu durante um teste físico do concurso da PM do Mato Grosso do Sul, diz que o irmão era amoroso e sonhava em ser policial. Luciana Martins contou ainda que ele estava fazendo o processo de mais dois concursos e era muito carinhoso com a família. "Ele era a pessoa que juntava nossa família. Ele era o mais amoroso. É aquela pessoa que acorda de manhã e te abraça e fala que te ama, que preparava o café da manhã para minha mãe", disse a irmã.

Arthur morreu na manhã da sexta-feira (4) depois de sofrer uma parada cardíaca. Ele estava internado desde quinta-feira, 3 de agosto, com quadro de desidratação profunda em um hospital de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, depois de passar mal em um Teste de Aptidão Física (TAF) do concurso da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul.

Arthur trabalhou por mais de dois anos como agente penitenciário em Anápolis e decidiu prestar concurso para Polícia Militar. Ele estava no processo de mais dois concursos, na Bahia e no Distrito Federal.

À TV Anhanguera, a banca organizadora da prova disse que água e tendas ficam à disposição dos candidatos e que o exame tem modelo padronizado para concursos de policiais e bombeiros em todo país. Sobre o caso do Arthur, a banca disse que todo candidato é obrigado a apresentar atestado médico e exames e que os laudos da vítima apontavam que ele estava apto para percorrer os 12 km e 400 metros em 12 minutos.

O laudo foi assinado no dia 27 de julho. O médico atestava que Arthur tinha boa saúde e capacidade física para o teste. À TV Anhanguera, o Governo do Mato Grosso do Sul determinou que a morte seja investigada, para apurar possíveis negligências e responsabilidades.

Prova

Segundo a família, os candidatos chegaram às 6h e só fizeram a prova às 13h. Neste período, eles não puderam se alimentar ou beber água. "Conversei com ele um dia antes, desejando boa prova, torcendo para dar certo, era o sonho dele ser militar. Ele tinha preparo físico, fazia academia todos os dias, extremamente atleta", conta a irmã.

Segundo a família, Arthur Matheus Martins Rosa, de 25 anos, não tinha nenhum problema de saúde. Ele foi velado e enterrado no sábado (5), em Goiânia. A família pretende entrar na Justiça contra a banca organizadora do teste. "Nada vai trazer ele de volta, mas a gente precisa ir atrás de justiça para que isso não aconteça com outras pessoas. Como que coloca alguém para correr 1h da tarde com sol de 37ºC com umidade a 20%. Foi um descaso gigantesco da banca que organizou isso", ressalta a irmã.

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