29/05/2023 às 15h53min - Atualizada em 29/05/2023 às 15h53min
Juiz mantém prisão de 3 réus por prejuízo de R$ 6 mi com roubos de trens
Araguaia Notícia com Folhamax O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão de três réus em uma ação penal que investiga um grupo que furtava grãos e combustíveis de trens em Mato Grosso, que teria resultado em um prejuízo de R$ 6 milhões às vítimas da organização criminosa. Os suspeitos foram alvos da Operação Descarrilamento, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil (PJC) em novembro de 2022.
Os pedidos de revogação da prisão preventiva foram propostos pelas defesas. O magistrado, no entanto, entendeu que há elementos suficientes para manter a detenção do trio e que não existem fatos novos que motivem uma mudança na atual situação processual dos réus, negando a soltura.
“Consigno, por derradeiro, que a prisão preventiva originou-se por fatos relativamente recentes, ocorridos no decorrer do ano de 2020, razão pela qual há sim contemporaneidade na medida extrema, a qual se encontra suficientemente fundamentada na garantia da ordem pública evidenciada pela gravidade em concreto dos delitos. Por essas considerações, indefiro os requerimentos de revogação formulados pelas defesas, e, por conseguinte, mantenho a prisão dos mesmos”, diz a decisão.
Um deles é réu na Operação Descarrilamento, que desmantelou uma organização criminosa envolvida em furtos e receptação de combustíveis e grãos e que envolvia seus familiares. Ele é tio do homem apontado como um dos supostos líderes da organização criminosa, e participava ativamente das ações do grupo.
A operação foi deflagrada em novembro de 2022 contra 15 suspeitos de integrarem a organização criminosa responsável pelos furtos em vagões da empresa Rumo Logística, que ficavam estacionados no trecho ferroviário que corta os municípios de Alto Araguaia e Alto Taquari. A ação da PJC resultou na apreensão de 15 veículos, R$ 205 mil, seis armas de fogo, centenas de munições e sete mil litros de combustíveis. As ordens judiciais foram cumpridas em cidades de Mato Grosso e de Goiás.
Os produtos eram subtraídos de vagões de trens estacionados ao longo da via-férrea, administrada pela empresa Rumo, que corta os municípios de Alto Araguaia e Alto Taquari. Para locomover as cargas furtadas, a quadrilha usava uma carretinha que se movia entre os trilhos férreos, entre outros equipamentos. Os crimes eram praticados durante a madrugada.
Os criminosos utilizavam dezenas de galões, bomba de sucção, além de veículos para o transporte. Os produtos eram retirados diretamente dos tanques de combustíveis das locomotivas ou ainda dos próprios vagões (carregados de milhares de litros de combustíveis diversos e toneladas de grãos).
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