‘Frieza emocional’, diz juíza ao condenar homem por matar esposa a facadas

Juíza da 1ª Vara Criminal de Sinop, Rosângela Zacarkim dos Santos considerou a “frieza emocional” e “insensibilidade acentuada” de Moacir Bachiega ao definir sua pena pelo homicídio de Rosilene da Silva Bachiega há quase 13 anos. O julgamento pelo Tribunal do Júri ocorreu nessa quarta-feira (17).  
 
Moacir foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de homicídio com as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
 
Crime ocorreu em outubro de 2010 em Sinop e na ocasião Moacir também teria tentado se matar. Ele foi encontrado ensanguentado ao lado do corpo da vítima, com um corte no pulso e no peito. A vítima foi morta com 7 golpes de faca.  
 
O ex-marido foi submetido a julgamento, e o júri reconheceu que ele é culpado. Na ocasião, a juíza ainda determinou a destruição da faca utilizada no crime.  
 
“Os Senhores Jurados, em reunião em sala própria, mediante votação sigilosa, por maioria, entenderam pela ocorrência da materialidade e autoria do delito de homicídio. [...] por maioria, entenderam que o acusado, padecendo de perturbação da saúde mental, era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato”, diz trecho da decisão.  
 
Magistrada definiu a pena dele em 6 anos e 8 meses de prisão e também o condenou ao pagamento das custas processuais. Ela citou a frieza de Moacir com relação ao crime.  
 
“A prática do crime ora em exame demonstra a frieza emocional e uma insensibilidade acentuada por parte do réu, o qual investiu contra a vítima, com múltiplos golpes de faca e, ainda, aplicando-lhe uma mordida no terço superior do braço esquerdo da vítima”, disse.