02/05/2023 às 20h30min - Atualizada em 02/05/2023 às 20h30min
Juíza vê provas frágeis e absolve pastor acusado de estuprar enteada
Araguaia Notícia com Folhamax A juíza Sabrina Andrade Galdino Rodrigues, da Terceira Vara de Mirassol D’Oeste (300 km de Cuiabá) absolveu José* do crime de estupro contra a própria enteada, na época de 14 anos. De acordo com decisão, o contexto em que estavam inseridos a vítima e o acusado não ficou claro a prática do crime. O Ministério Público Estadual (MPE) irá recorrer da sentença, publicada em março deste ano.
De acordo com o processo, o pastor é casado com a mãe da suposta vítima, que sempre morou com o pai e por volta dos 12 anos a mãe conseguiu a guarda. Os supostos episódios de violência sexual foram revelados à genitora que, a princípio, não acreditou, pois a vítima não tinha boa relação com o denunciado e achava que a filha estivesse mentindo para separar o casal.
Ainda segundo a mãe, a filha dava muito trabalho na escola e descobriu que a adolescente estava se relacionado com um homem mais velho, amigo do pai. A mulher decidiu registrar um boletim de ocorrência contra o homem por estupro porque ela era menor de idade e manteve relação sexual com ele. Quando a menina soube do fato, ficou revoltada e jurou vingança.
Foi então que tempos depois a menina passou a agir de forma diferente e alegou que o pastor, no caso padrasto dela, estava a assediando sexualmente. A mulher desabafou isso com uma conhecida que as acolheu em sua casa. Por sair cedo para trabalhar, a adolescente ficava sozinha em casa e passava muito tempo no computador.
Quando a testemunha utilizou o computador e usou o Skype, percebeu uma conversa com um homem chamado, e viu as seguintes falas “agora dessa vez eu ferrei ele, eu odeio aquele homem, não quero que minha mãe fique com ele, eu quero ver ele apodrecer na cadeia, eu quero voltar para Castelo do Sonho, não quero ficar aqui”.
Ao ver isso, imprimiu todas as páginas e passou para a mãe da adolescente que foi na delegacia e registrou outro boletim de ocorrência. Eles se resolveram, fizeram as pazes e os três foram se mudaram para Cuiabá. No entanto, a mulher passou a desconfiar que estivesse sendo dopada pelo companheiro com algum medicamento, uma vez que adormeceu profundamente, algo relatado também pela menina.
Em depoimento, o pastor negou as acusações e firmou que mudou de cidade pela vergonha que sentiu. Sobre a medicação, informou que cuidava de pessoas dependentes químicos no Lar Cristão e que eram tratadas pelo CAPS.
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