07/02/2023 às 20h40min - Atualizada em 07/02/2023 às 20h40min
Policial é condenado por morte de estudante em Barra do Garças, mas recorrerá em liberdade
ARAGUAIA NOTÍCIA
Depois de sete anos foi realizado o Júri Popular do policial militar de Goiás, Paulo César de Souza Guirra, de 43 anos, acusado de matar a tiros, o estudante de medicina, Maurício Rodrigues Pinheiro, de 23 anos, durante festa numa boate de Barra do Garças, no dia 30 de janeiro de 2016. O Júri Popular foi conduzido pelo juiz Douglas Romão.
Ao final das argumentações de defesa e do Ministério Público, o jurado composto por 7 pessoas dediciram pela condenação do policial a 18 anos e 8 meses de reclusão, em regime fechado pelo crime de homicídio, artigo 121, parágrafo 2º, incisos III e IV do Código Penal. Porém, Guirra que já estava em liberdade, através de sua defesa, já entrou com recurso apelativo para o Tribunal de Justiça em Cuiabá. O militar alegou na época, com laudos médicos, de que foi uma briga e que tinha sido agredido fisicamente. A defesa dele foi assistida pelo Sindicato dos Policiais Militares do Estado de Goiás.
No inquérito policial diz que o jovem foi até a boate para encontrar com amigos de infância, após a formatura de um deles. Maurício cursava medicina em Maringá, no Paraná, e passava uma temporada com a família em Barra do Garças. Testemunhas disseram que o policial militar se aproximou de Maurício, o abraçou por trás, sacou uma arma e efetuou os disparos que ceifaram a vida do estudante.
O pai de Maurício, que também é policial, no caso policial federal, Maurício de Carvalho Pinheiro, classificou na época o crime como covarde. “Foi um crime sem sentido e totalmente brutal. Meu filho tinha acabado de chegar ao local e foi baleado sem chance de defesa”, frisou o pai.
A defesa de Guirra chegou alegar que houve uma briga que ocasionou os disparos e que o policial foi espancado. Todavia, algumas testemunhas disseram que o policial foi agredido após efetuar os disparos contra o estudante.
Guirra ficou preso no presídio militar de Santo Antônio de Leverger-MT onde alegou transtornos psicóticos e a necessidade de tratamento e acompanhamento médico mais próximo da família. Na época, essa condição foi apresentada com laudos de um médico perito especialista em psiquiatria.
Maurícinho chegou a ser socorrido ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Na época, a Polícia Federal lamentou o ocorrido e prestou apoio ao policial federal Maurício, pai do estudante.
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