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07/12/2011 às 19h09min - Atualizada em 07/12/2011 às 19h09min

Padre faz comentário homofóbico em rádio e atiça políticos

Olhar Direto
O Inquisidor

Um grupo de homossexuais e transexuais protestou nesta segunda-feira (5) na Câmara Municipal de Aragarças-GO, divisa com Barra do Garças, contra um comentário homofóbico que teria sido feito numa rádio da cidade. O comentário é atribuído ao pré-candidato a prefeito e diretor da Rádio Universitária, padre Alberto Mendes (PCB). Uma moção de repúdio foi apresentada contra o religioso e aprovada por unanimidade pelo legislativo daquela cidade.

Segundo a denúncia, o padre teria classificado de 'gentinha' o grupo GLS. Todavia, Alberto nega essa comentário e disse que chamou de 'gentinha' os políticos corruptos e vereadores que não fazem nada e trabalham somente uma dia por semana e além do mais recebem altos salários. "A programação da rádio é gravada e [vocês] podem ouvir todas as fitas que não [vão] encontrar nenhum comentário meu contra os homossexuais", frisou o padre.

Alberto disse que é contra a violência homofóbica contra gays, lésbicas e simpatizantes e inclusive destacou que sempre fez comentários favoráveis ao grupo. "Eu imaginei que um dia seria chamado de simpatizante por apoiar o movimento e jamais homofóbico", completou.

O padre classificou o fato como uma manifestação orquestrada contra ele a pedido do vereador Marcelo de Sá (PC do B) que faz parte do grupo do prefeito Marcos Antônio, o Marcão (PT), a quem faz oposição. O religioso disse que o parlamentar responde a processo por homicídio na Barra e por pirataria em Águas Lindas-GO.

O vereador Marcelo de Sá disse que ouviu o comentário na rádio de que o padre teria falado mal do secretário Vladimir Marcelo, insinuando que ele iria 'sentar' em alguma coisa lá. "Ele fala mal de todo mundo; chama vereador e prefeito de corrupto e não pode. Ele toca uma rádio comunitária e está fazendo política lá dentro", disparou de Sá.

A história de padre Alberto começou em 1995 quando abriu a primeira rádio comunitária do Araguaia, cuja licença foi cassada e os equipamentos apreendidos em 1998 pela Polícia Federal.

Na época, o religioso atribui o fechamento de sua rádio aos 'coronéis políticos' de Barra do Garças, entre eles o prefeito de Barra do Garças, Wanderlei Farias. Nesse período o padre protagonizou vários embates dentro da igreja com o bispo Dom Antônio Sarto (já falecido).

Alberto chegou a denunciar o bispo por assédio sexual, fato que lhe rendeu uma reportagem na Isto É. Padre Alberto já manifestou a vontade de disputar as eleições para prefeito de Aragarças em 2012 pelo PCB. 

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