26/10/2022 às 08h19min - Atualizada em 26/10/2022 às 08h19min

Grávida diz que marido não tinha porte mas andava com arma

Bruna Felsk, de 26 anos, alegou ter atirado contra as vítimas para se defender

Midia News
ARAGUAIA NOTÍCIA
A técnica em segurança do trabalho Bruna Felsk, de 26 anos, afirmou em depoimento que a arma que ela usou para atirar e matar pai e filho, no último final de semana em Terra Nova do Norte, pertencia ao seu marido.
 
Segundo ela, a pistola era registrada e constantemente transportada no carro, mesmo o marido não tendo o porte. 
 
“Rodrigo sempre andou armado, tem registro, porém não tem porte [...] Rodrigo sempre andou com a arma no console do carro; que os moradores, amigos, todos tinham conhecimento”, diz trecho do documento.
 
O porte de arma de fogo é a certificação que permite uma pessoa circular com o armamento fora de casa ou do trabalho. A posse, por sua vez, permite apenas e, exclusivamente, que a pessoa tenha a arma nas dependências da sua casa ou trabalho.
 
Arma descartada
 
De acordo com o documento, após o crime a arma foi jogada em um rio. “Interrogada descarregou a arma, tirou o ‘pente’ e no caminho para Colíder, jogou no primeiro rio que encontraram no caminho”, diz outro trecho.
 
Em seu depoimento, Bruna afirmou que a arma usada para cometer o crime foi uma pistola preta, da marca Tauros. Afirmou também que diferente do que vinha circulando na imprensa, ela nunca teve treinamento profissional de tiro.
 
De acordo com a sua versão, antes do ocorrido tinha atirado apenas duas outras vezes, quando o marido lhe ensinou a manusear a arma e atirar.
 
Motivação
 
Bruna acabou descobrindo que o marido a traía desde julho deste ano. A relação acabou culminando na morte de Genuir e Marcelo de Barros, de 67 e 37 anos, respectivamente pai e irmão da suposta amante.
 
Ela alegou ter ido até o local para contar a Genuir sobre o caso entre seu marido e a filha dele. Para que ele interferisse na relação, mas o que era para ser uma simples conversa se tornou uma confusão generalizada fatal.
 
Dinâmica
 
Horas antes do crime, Bruna e os pais haviam ido até a fazenda onde o marido dela trabalha. Lá ela disse ter pedido dinheiro para fazer a sobrancelha e tomar uma injeção.
 
O marido lhe disse para pegar o valor na caminhonete, entre os bancos, e nesse momento ela viu que a arma estava guardada ali.
 
A casa da rival, conforme o documentos, fica a 600 metros de onde o marido mora, e para ter acesso à cidade ela teria que passar em frente do local. Acompanhada e incentivada pela mãe, as duas pararam para falar com o pai dela.
 
A conversa ia bem até que Genuir chamou a esposa, que “chegou gritando, alterada; [...] xingava a interrogada de vários palavrões, como vagabunda”, diz trecho do documento.
 
Então chegaram ao local, o pai e o marido de Bruna, seguidos por Marcelo, irmão da rival.
 
Marcelo, que foi o primeiro a ser atingido pelos disparos, segundo o documento, estava muito alterado e xingando. Ele teria chegado a bater a porta do carro na mãe de Bruna, além de derrubar e agredir a gestante.
 
O marido só teria interferido para pedir calma e tentar levar a esposa para dentro do carro no início da confusão; depois disso, Bruna alegou à Polícia não ter visto ele “fazer nada”.
 
O primeiro disparo foi efetuado contra Marcelo, que corria atrás do pai de Bruna enquanto ele carregava um facão nas mãos. Ela disse que “disparou sem direção certa”.
 
Em seguida “o pai dele veio na direção da interrogada que com medo, atirou para se defender, defender sua família”. O tiro teria sido de frente, enquanto ele corria em sua direção.
 
A traição
 
Em depoimento, Bruna afirmou que conheceu o marido em feveiro de 2021 por meio do Instagram. Na época ela morava em Colíder e ele trabalhava em Terra Nova do Norte, em uma fazenda.
 
Apenas três meses depois os dois começaram a morar juntos em Terra Nova, em uma fazenda localizada próxima à da rival.
 
De acordo com Bruna, eles sempre tiveram um ótimo relacionamento. A coisa começou a mudar quando, em abril de 2022, ela descobriu a gravidez. “[O marido] Ficou distante, não parecia feliz com a gravidez”.
 
Após dar início ao pré-natal, que era feito em Colíder, Bruna passou a notar certo estranhamento no comportamento do marido. À época ele negou que algo estivesse acontecendo.
 
No mês de setembro ela acabou flagrado conversas por aplicativo de mensagens entre o marido e a rival, descobrindo a traição.

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