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29/07/2022 às 10h08min - Atualizada em 29/07/2022 às 10h08min

Operação da Polícia Civil prende 13 pessoas e cumpre 88 ordens judiciais em MT

Operação Grãos de Areia foi realizada na manhã de quinta-feira (28/7)

Assessoria PJC
Imagem: reprodução
A Operação Grãos de Areia, deflagrada na manhã de quinta-feira (28.07) pela Polícia Civil de Mato Grosso, que desarticulou uma associação criminosa voltada para furtos e adulteração de cargas na região sul do Estado, resultou na prisão de 13 pessoas e na apreensão de armas de fogo, munições, computadores, cabeças de gado, joias, dinheiro e 18 veículos. Ao todo foram cumpridas 88 ordens judiciais, entre mandados de prisão, busca e apreensão e sequestro de bens.  

Durante as buscas domiciliares foram apreendidos dois tratores, dois semirreboques, duas pás-carregadeiras, cinco camionetes (duas S-10 e quatro Hilux), dois veículos de luxo (uma Ranger Rover e um Chevrolet Camaro), além de um Toyota Corolla, um Fiat Palio, um barco e uma motocicleta 1.000 cilindradas. 

Também, duas armas de fogo (uma pistola 9 mm e um revólver calibre 32), mais de 100 munições (84 calibre 9 mm e 21 calibre 32), computadores, notebooks, bloqueadores de sinal, chaves de veículos, joias e mais de R$ 22,6 mil em dinheiro, além de 99 cabeças de gado que estão entre os bens sequestrados. 

Dois alvos dos mandados de prisão ainda foram autuados em flagrante pelo crime de posse ilegal de arma de fogo. 

Investigações

A investigação conduzida pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis (Derf),  com apoio da GCCO, apurou a atuação de um grupo envolvido no furto e adulteração de cargas de soja e farelo na cidade de Rondonópolis, tendo como vítima um terminal ferroviário de cargas - principal polo de infraestrutura logística de Mato Grosso, responsável pelo escoamento de boa parte da safra do Estado.

Conforme o delegado Santiago Rozendo Sanches, da Derf Rondonópolis, o grupo atuava no furto e na adulteração da carga, substituindo grãos originais e em perfeito estado por carga misturada com areia. 

“Eles substituiam a carga boa, de cinco a oito toneladas de carga, por uma ruim. O classificador era conivente com a fraude, aprovando a mercadoria adulterada e, assim, eles conseguiam consumar o crime e obter grande quantidade de lucro ilícito”, pontuou o delegado. 

Segundo o delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, as investigações apontaram que o grupo operava o esquema desde 2020.

“Sendo o Estado considerado maior produtor do país, a atuação do grupo causou um prejuízo milionário para o agronegócio, forte responsável pelo sustento da economia de Mato Grosso, tamanha a importância do setor. O grupo criminoso agia como uma verdadeira máfia, e, quando não conseguiam corromper funcionários, agiam mediante grave ameaça como forma de intimidação e, desta forma, alcançavam a concretização do crime”, observou o titular.

As investigações identificaram, ao todo, 30 pessoas, dentre empresários do ramo de transporte e comércio de grãos, agenciadores, motoristas de caminhão e funcionários da empresa vítima.

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