Eldorado FM O Ministério Público Estadual, na pessoa do Promotor de Justiça Wellington Petrolini Molitor realizou na tarde desta terça-feira, 15, uma reunião com representantes do comércio da cidade de Vila Rica para esclarecer as medidas tomadas com relação ao abastecimento de carnes nos supermercados e açougues.
O Promotor disse que com relação aos dois matadouros fechados a uma semana pela Secretaria de Estado de Maio Ambiente, não há nenhuma possibilidade dos mesmos voltarem a funcionar nos moldes que vinha trabalhando. Ficou claro na palavra do Promotor que enquanto não se construir uma unidade abatedora dentro das normas e padrões estabelecidos pela legislação ambiental não será permitido nenhum tipo de abate no município, com exceção do frigorífico JBS.
As polícias Militar e Civil foram convidadas para participar da reunião. Segundo Molitor qualquer comércio de carne clandestina que for pego será feita apreensão e prisão dos responsáveis.
Foi esclarecido que a unidade da JBS de Vila Rica vai disponibilizar a venda de carne bovina com osso e desossada ao comercio local e aos consumidores que desejarem adquirir o produto direto da indústria.
O representante do frigorífico em Vila Rica, diretor Aloísio Stap, disse que qualquer pessoa física ou jurídica pode comprar do frigorífico, basta que faça um cadastro prévio. Aloísio lembrou que da outra vez que aconteceu fechamento dos matadouros a JBS disponibilizou um vendedor e um carro apropriado pra atender o mercado, mas que a demanda não sobrepôs os gastos e isso fez com que a empresa interrompesse o serviço.
Mato Grosso possui hoje o maior rebanho de gado bovino e bubalino do país com 28.427.059 animais, Vila Rica é o quinto maior rebanho do Estado com quase 700 mil animais. A Unidade da JBS em Vila Rica abate em média 600 animais/dia. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso detém o maior rebanho de bovinos do país. No total, o Brasil tem 211 milhões de animais.
Mais uma vez o povo “paga o pato”, disse o representante da CDL, Leonardo Borghesan, lembrando que mais uma vez o poder público municipal e a iniciativa privada não tomaram iniciativa diante da situação.
Nenhum representante da Prefeitura Municipal se fez presente na reunião.
Questionado sobre a situação dos outros municípios que compõem a Comarca, Santa Terezinha e Santa Cruz do Xingu, o Promotor confirmou que serão tomadas as mesmas medidas por parte do órgão fiscalizador.
