A dona Claudia Lobato, é uma das mães de pessoas desaparecidas no Brasil, que em vez de comemorar, lamentam essa data, e que fazem essa pergunta: Aonde está a minha filha? E justamente neste dia 8 de maio, completa dois meses do desaparecimento da jovem Amanda Marques Lobato, de 18 anos, que foi vista pela última vez na cidade de Aragarças-GO, porém é moradora da cidade de Barra do Garças-MT.
Cláudia trabalha como diarista e disse a reportagem do site Araguaia Notícia que nos últimos dias, não consegue dormir direito e acorda durante a madrugada perguntando se filha está viva ou morta. Amanda sumiu e deixou uma filha pequena aos cuidados da dona Cláudia. “Eu queria uma resposta das autoridades policiais e se ela não estiver queria achar o corpo dela para dar enterro digno a minha filha. Seria um presente pra mim, no dia das mães, descobrir o paradeiro da Amanda”, frisou.
Dona Claudia acredita que o sumiço da Amanda não está sendo tratado com prioridade porque a filha é discriminada devido a vida pregressa dela. Amanda ficou conhecida na região por ter mais de 50 ocorrências policiais de furtos e roubos, a maioria cometidos quando menor. A polícia nega que falte empenho, afirmam os delegados responsáveis pelo caso. Aliás o caso está sendo acompanhado pela delegada da Mulher de Barra do Garças, Luciana Canaverde, e pelo delegado de Aragarças, Fábio Marques.
Na sexta-feira, o site Araguaia Notícia conversou com o delegado Fábio sobre esse caso. Vale ressaltar que são duas mulheres sumidas em Aragarças. Primeiro foi Amanda que sumiu no dia 8 de março e depois desapareceu Ângela Maria Dickman no dia 7 de abril. Muito se especula que ambas podem estar mortas, porém os corpos ainda não foram encontrados.
“As investigações continuam e estamos sim trabalhando em parceria com a Polícia de Barra do Garças, porém como não achamos testemunhas de quando houve o sumiço e por causa desse detalhe está difícil juntar as peças desse quebra-cabeça. Para se ter uma ideia, essa semana, eu recebi uma informação de Amanda e a Loira (Ângela) teriam sido vistas na fronteira do Mato Grosso do Sul. Só que é informação de rua e estamos averiguando sem tem algum sentido ou não”, completou.
Perguntamos ao delegado se o sumiço das duas mulheres tem alguma ligação. Ele ressaltou que não e que a polícia trabalha com a hipótese de que o desaparecimento da Amanda pode estar vinculado a facção e que Ângela desapareceu por uma questão provavelmente passional.
Dona Claudia quando falou pela primeira vez do desaparecimento da filha ao site Araguaia Notícia chegou a pedir que a polícia procurasse a Loira para saber do paradeiro da Amanda. “Pra mim só me resta agora cobrar uma resposta da polícia porque como mãe é difícil chegar numa difícil data como essa e não saber o que aconteceu”, frisou.
Vício logo cedo
“A minha filha passou a usar drogas muito cedo com 12 anos por influência de coleguinhas na escola que a retiravam da sala de aulas para irem a cachoeira do Lajedo e foi assim que ela conheceu entorpecentes e passou a cometer crimes para manter o vício. Não estou justificando os crimes que ela fez, mas é uma verdade que estou falando”, destacou
Claudia diz que já ouviu comentários de pessoas dizendo que ela (como mãe) é culpa pelo desvio que a filha teve. “Tenho outros filhos e todos trabalham e cuidam de suas coisas. A minha Amanda, eu entendo, foi vítima das drogas”, completou.
A moradora voltou a pedir ajuda dos delegados de Barra do Garças e Aragarças e deixou uma ressalva para as demais mães neste feriado: “Mães procurem saber com quem seus filhos andam porque certas amizades podem custar caro, podem custar a vida deles”, finalizou.
Acompanhe logo abaixo a reportagem que fizemos com a dona Claudia no dia 21 de março quando ela veio até o estúdio do site Araguaia Notícia falar sobre o desaparecimento de Amanda.
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