Mulher que encomendou morte do marido alega 'razões humanitárias' e pede liberdade

A empresária Ana Cláudia de Souza Oliveira Flor protocolou, nesta sexta-feira (04), um pedido de revogação de prisão preventiva junto à Justiça de Mato Grosso. Ela é acusada de encomendar a morte do marido, Toni Flor, em Cuiabá.

Toni foi assassinado com cinco tiros na frente de uma academia que frequentava no dia 11 de agosto de 2020, no bairro Santa Marta. A denúncia feita contra ela aponta que o motivo da execução seria interesse financeiro.

A petição, assinada pelo defensor da empresária, o advogado Jorge Godoy, alega que Ana Cláudia possui todos os requisitos para a concessão da medida. Além disso, argumenta "razões humanitárias", "visto que as filhas estão necessitando da presença da mãe, sendo que uma delas está com problemas psicológicos".

"Nesse sentido Douto Magistrado, não é exagero dizer que: a relação mãe e filho é uma das mais importantes da vida de todo indivíduo. Por ser o primeiro vínculo estabelecido pela criança, é ela que serve de base e, muitas vezes, que acaba determinando a maneira como vamos lidar com as pessoas em todas as áreas: no trabalho, no amor e nas amizades", diz trecho de petição.

Diante do exposto, a defesa pede que se for do entendimento do magistrado negar o pedido de liberdade, que o converta em prisão domiciliar.

"Se Vossa Excelência entender de outra forma, que então conceda a Requerente a Prisão Domiciliar por razões humanitárias, visto que as filhas estão necessitando da presença da mãe, sendo que uma delas está com problema de saúde psicológico".

A acusada foi presa em agosto do ano passado. Na audiência de instrução e julgamento que aconteceu no final do mês passado, a ré confessou participação no crime.