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24/02/2022 às 21h42min - Atualizada em 24/02/2022 às 21h42min

Homem é condenado por matar cachorro a facadas e queimar corpo

Segundo a investigação, ele estava bêbado e cometeu o crime junto com um adolescente. Réu recebeu pena de mais de 3 anos de reclusão; Justiça entendeu que menor foi corrompido.

G1 GO
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Um homem de 30 anos foi condenado a três anos e quatro meses de reclusão por matar um cachorro a facadas e atear fogo ao corpo do animal, em Paranaiguara, no sudoeste de Goiás. De acordo com a investigação, ele estava bêbado e um adolescente de 14 anos o ajudou a cometer o crime. No entanto, a Justiça entendeu que o menor foi corrompido pelo denunciado.

O g1 não conseguiu localizar a defesa de Raul Lourenço dos Santos para que se posicione até a última atualização desta reportagem. Ele havia sido preso, mas foi solto e, de acordo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), vai responder em liberdade. Em depoimento, ele disse que “os fatos não são verdadeiros”.

A decisão foi proferida na última sexta-feira (18), pelo juiz Eduardo Peruffo e Silva, da Comarca de Paranaiguara. Na sentença, o magistrado entendeu que as provas são favoráveis à condenação do acusado e que os relatos “vão de encontro com as provas dos autos”.

“A autoria, de igual modo, é certa e recai sobre a pessoa do denunciado, posto que os elementos de cognição carreados aos autos, durante persecução penal, corroboram os fatos descritos na denúncia”, entendeu o juiz.

O crime aconteceu no dia 27 de setembro de 2021, mesma data que o homem foi preso, no Setor Mateirinha 1. No dia, vizinhos informaram à polícia que, por volta das 4h da madrugada, duas pessoas machucaram um cachorro de rua. Ao chegar ao local informado, policiais encontraram o animal morto e com parte do corpo queimado.

Em juízo, um policial civil testemunhou que verificou que o cachorro sofreu de seis a oito facadas e que atearam fogo nele. À ele, uma vizinha relatou que, por volta de 4h da madrugada, ouviu latidos de um cachorro e foi até o portão. Ela contou que viu duas pessoas esfaqueando o animal e depois ateando fogo.

Ainda segundo o policial, a mulher disse que, após ver a situação, o condenado a viu e perguntou o que ela estava fazendo na rua olhando. Nesse momento, a vizinha disse que entrou em casa. Horas depois, ela encontrou o portão de sua residência com um riscado de faca.

Ainda durante o depoimento, o adolescente disse que foi até a casa de Raul e, lá, começou a beber. Ele disse que ele e Raul ficaram bêbados e viram o animal na esquina. Como estava com um canivete no bolso, o menor relatou que eles “inventaram de furar o cachorro”. Depois disso, Raul jogou dois litros de álcool no cão e botou fogo com um isqueiro.

Na sentença, o juiz determinou que o condenado cumpra pena de três anos e quatro meses de reclusão, além de multa. No entanto, o magistrado ainda substituiu a pena imposta por duas penas restritivas de direito, como a prestação de serviço comunitário e multa de seis salários mínimos. Como o réu não estava preso, o juiz o manteve em liberdade.

Dia do crime

Após os policiais chegarem na região e iniciarem as buscas pelo autor do crime, eles localizaram Raul, que, de acordo com a corporação, estava bêbado e acompanhado de um adolescente.

O homem e o menor foram levados para a delegacia. Durante depoimento, segundo a polícia, o adolescente confessou que, juntamente com o homem, tirou a vida do animal e que eles tinham ingerido bebida alcoólica antes do ato. O menor foi liberado após prestar depoimento.

Já Raul não apresentou à Polícia Civil nenhuma justificativa para o crime. Ele respondeu pelo fornecimento de bebida alcoólica e corrupção de menores, além de maus-tratos de animais.

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