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23/02/2022 às 17h30min - Atualizada em 23/02/2022 às 17h30min

Radialista Chagas Nunes, que marcou a região do Araguaia no passado, é homenageado por jornalista de Barra do Garças

Ronaldo Couto relembra momentos do radialista que faleceu há 21 anos

Araguaia Notícia / Alô Xavantina
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Araguaia Notícia em parceria com o site Alô Xavantina 

O Jornalista Ronaldo Couto prestou uma homenagem ao histórico radialista Francisco Nunes Almeida, que ficou conhecido na região como Nunes Chagas. Ele faleceu em 2001, e no entanto, sua presença é viva na memória de muitos moradores de Barra do Garças (MT) e Nova Xavantina (MT), cidades em que ele atuou por muitos anos.

Veja

"A Janela do Tempo nos transporta agora para Rádio Aruanã de Barra do Garças onde atuava um locutor experiente com voz tranquila e amiga que preenchia as manhãs daquela emissora. Os apaixonados por rádio, principalmente AM, devem lembrar com saudade do radialista Francisco Nunes Almeida ou simplesmente Chagas Nunes. Ele chegou aqui no final da década de 80 juntamente com Vicente Kersul e outros colegas da latinha.
Era um momento de transição e de grande disputa pela audiência porque a Rádio Aruanã que foi a primeira instalada em 1978 passou a ter concorrência em 1986 com a Rádio Difusora, que adotou um estilo mais jovem. A Rádio Aruanã que havia trocado a potência, investiu em novos locutores vindo de Brasília e da Bahia, como é o caso de Chagas Nunes.

Naquele tempo, eu (Ronaldo Couto), atuava como locutor musical na Difusora e passei a fazer jornalismo convidado pelo polêmico Paulo Roberto. O sucesso do programa na Difusora acabou despertando a curiosidade da Aruanã, que convidou Paulo Roberto e eu, (Ronaldo Couto), e acabei indo para a Rádio Aruanã. E foi lá que eu conheci o Chagas. Ele me ensinou muito. Aprendi sobre a fazer rádio escuta com ele, cuja função hoje praticamente acabou com advento da internet. Naquele tempo, ficava eu e o Chagas com três rádios tentando ouvir alguma coisa em meio a ruídos de notícias e resultados esportivos.

Foi uma fase muito boa na rádio barra-garcense. Fiz vários amigos e um deles sinto saudade hoje, Chagas Nunes. Depois de um tempo, ele se mudou para cidade de Nova Xavantina, onde trabalhou por vários anos no rádio, organizou grandes torneios de sinuca, montou time amador de futebol como o “Touro Mocho Futebol Clube”, era uma celebridade na cidade, cheio de fãs e amigos pelo trabalho diferenciado que fazia no microfone.  O veterano Chagas Nunes nasceu no dia 17 de junho de 1947 e faleceu no dia 13 de janeiro de 2001 deixando uma saudade imensa para nós que o conhecemos e gostamos do seu trabalho.

Chagas Nunes era titular no programa SHOW DA MANHÃ, de 08 às 11:00h de segunda a sábado com muita música, variedades, horóscopo com João Bidu, simpatias, resumo de novelas, dicas de saúde e o pedido musical através das cartas que os ouvintes escreviam e deixavam na recepção da emissora.  E foi ele quem introduziu o estilo de ler cartas contando histórias de vida no ar, a famosa carta que depois foi adaptada com brilhantismo e virou sucesso no início de 2000 pelo colega locutor Alberto Costa. Esse cantinho do meu blog é justamente para lembrar daqueles colegas que fizeram história no rádio e na imprensa de Barra do Garças. Ao lembrar do Chagas Nunes quero recordar de alguns ícones da comunicação barra-garcense: Pedro Porto, Walter Pereira, Jota Soares, Jota Fonseca, Pavão de Ouro, Mário Luiz, José Pedro dos Santos, Oliveira Santos, Argentino Filho, Noel Marques, Álvaro Pedro, Edna Capocci, Aparicio Reis, Ed Motta, Francisco Dourado e Lucimar Pereira.

Peço a colaboração de fãs, amigos e colegas da imprensa no sentido de conseguir fotos e depoimentos sobre a história desses “monstros” sagrados que brilharam no rádio de Barra no passado.
Independente de questão política ou ressentimento, espero que a galera da rádio me ajude nesse projeto de recordar e viver. Aquele abraço a todos e bom trabalho. Podem enviar informações para o meu e-mail: [email protected]

Essa recordação da morte de Chagas Nunes foi repassada pelo ex-narrador esportivo Jota Júnior, que hoje trabalha no Supermercado Nilo. Eu lembro do tempo que o Jota narrava futebol. O estilo dele marcou época com narração cadenciada e gol cumprido. Jota é considerado estopim curto qualquer reclamação de torcedor, ele batia boca com a galera do Galo. Era o maior barato naquele tempo curtir jogos de futebol no estádio. Um abraço Jota e sucesso na sua vida e saiba de uma coisa, o rádio precisa de narradores como você e o Cláudio Ramos. Aquele abraço. Mostrei para ele, Jotinha, uma narração do jogo Barra 5 x 2 Tangará no dia 7 de setembro de 91 no estádio Dutrinha em Cuiabá, ele ficou duvidando que o narrador era eu. Mas essa história eu conto depois."

 

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