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20/02/2022 às 18h27min - Atualizada em 20/02/2022 às 18h27min

Julgamento de recurso é adiado, Marido acusado de matar esposa grávida continua respondendo em liberdade

Horácio foi condenado a quase 30 anos de prisão pelo crime, mas responde em liberdade. Vanessa Camargo foi assassinada com um tiro em uma estrada vicinal de Ivolândia

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Vanessa Camargo e Horácio Rozendo — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
Vanessa Martins, G1 GO 
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Nilva Camargo Soares convive há quase cinco anos com o sentimento de indignação por ver livre o ex-genro, que foi condenado por matar a filha dela, Vanessa Camargo Soares. O julgamento do recurso da defesa de Horácio Rozendo, que pediu anulação do júri que o declarou culpado, estava marcado para segunda-feira (21), mas foi adiado.

“A gente se agarra à esperança de que a justiça vai ser feita, espera pelo dia [do julgamento], mas já são quase cinco anos de impunidade”, desabafou.

O g1 tentou contato com a defesa de Horácio, por telefone, entre 14h50 e 15h30, mas não conseguiu localizar o advogado responsável. A reportagem também ligou para o próprio condenado, mas as ligações não foram completadas.

Em depoimentos dados durante o processo, Horácio defendeu que o crime foi cometido por assaltantes.

De acordo com o andamento do processo no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), a nova data prevista para o julgamento do recurso é 22 de março.

Enquanto a apelação não é julgada, o condenado segue respondendo em liberade. Segundo Nilva, ele se casou novamente, tem uma filha com a nova esposa e continua morando em Iporá.

“Ele não convenceu ninguém da inocência dele: nem a polícia, nem o Ministério Público, nem o júri. Mesmo assim, ele está livre. Por que um feminicida condenado está solto?", questionou.

O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) pedindo esclarecimentos sobre o processo, mas o órgão não comenta decisões judiciais.

Relembre o crime

Vanessa Camargo tinha 28 anos e estava grávida quando foi morta com um tiro na cabeça. O crime aconteceu em 31 de julho de 2017.

À época, o condenado contou que o casal e o filho deles, que tinha 2 anos, estavam no carro quando foram abordados por dois homens em uma moto. Horácio, que dirigia o veículo, contou que parou e um dos assaltantes assumiu a direção.

Ao narrar o caso em depoimento, ele também disse que a vítima discutiu com o criminoso e levou um tiro na cabeça. Ele repetiu essa mesma versão durante a reconstituição do crime.

O delegado Ramon Queiroz, que indiciou o empresário, disse à época das investigações que, apesar da negativa do então marido da vítima, várias provas apontavam que Horácio cometera o crime.

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