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24/01/2022 às 11h12min - Atualizada em 24/01/2022 às 11h12min

Comerciante de Barra do Garças, vítima da Covid, é destaque na página Inumeráveis no Brasil

A página destaca as vítimas da pandemia no país, pois não são apenas números, mas pessoas com histórias e famílias que morreram nos últimos dois anos

Araguaia Notícia
O comerciante Osni Paulo Guerreiro, de 75 anos, que faleceu no dia 27 de agosto de 2020 devido a Covid-19 em Barra do Garças-MT, foi homenageado pela família com um texto emocionante no portal Inumeráveis, que destaca as vítimas da pandemia no Brasil, que hoje,tem 623 mil óbitos causados pela enfermidade.

No mesmo portal já ocorreram homenagens ao médico Clodoaldo Pirani Júnior, 47 anos, que faleceu da mesma doença na Barra no dia 25 de julho de 2020 e o jornalista Generoso Rodrigues, que morreu no dia 27 de maio de 2021. Aliás, se tiver mais alguma vítima de Barra do Garças homenageada no portal Inumeráveis, você pode nos informar através do whats do Araguaia Notícia (66) 9 8401 2280.

Ressaltando, que infelizmente até aqui, com a pandemia, Barra do Garças já teve 386 vítimas da Covid-19. A mais recente vítima, foi na semana passada e que não completou o ciclo vacinal contra a enfermidade. O município barra-garcense está com 565 casos ativos, dos quais, 560 em casa e a maioria com sintomas leves; ou seja, quem vacinou, está pegando de novo, mas com sintomas leves. Todavia, aqueles que não vacinaram, estão pegando, com os mesmos sintomas de antigamente.

Acompanhe então essa linda homenagem do portal Inumeráveis ao comerciante Osni. Apenas mais uma observação o prefeito Adilson Gonçalves já anunciou que em breve fará uma homenagem as 386 vítimas de Barra do Garças com um portal trazendo nomes e fotos das vítimas, claro, aquelas que as famílias permitirem. 

Acompanhe texto do Portal Inumeráveis:

Osni Paulo Guerreiro
1945 - 2020

Lutar sempre, tombar talvez, esmorecer nunca.
O epitáfio acima é uma criação do próprio homenageado Osni, em quem o bom humor e a empatia foram marcas registradas.

A generosidade de Osni vinha em forma de bom humor. Sua preocupação era fazer as pessoas rirem, nem que fosse à custa de si mesmo: batia na própria barriga, dizendo em tom de brincadeira que estava “grávido”.

Dedicou a vida ao trabalho nos Alcoólicos Anônimos, salvando homens e, por conseguinte, famílias inteiras do alcoolismo, que ele escolheu abandonar quando os filhos nasceram.

"Quando nós, os filhos, fomos até a casa em que ele morava, dias depois do enterro, uma vizinha, moradora de um barraco muito humilde, disse chorando: 'Ele salvou meu cunhado da bebida, ele dava caju pra fazer suco pros meus meninos'", conta Gabriela, uma das filhas.

Conhecia a cidade toda e a cidade toda o conhecia. Gaúcho, como era chamado também, era sempre descrito como uma pessoa de coração muito bom, um cara engraçado.

"Era praxe ter uma anedota pra qualquer assunto. Contava com aquela vocação dos mais antigos, que não corriam com as narrativas, não sabiam nada de textão; apenas jogavam conversa fora horas a fio", relembra a filha.

Adorava política, assistia ao jornal na TV e lia muito. Gostava de escrever. Sempre dizia para os filhos: "O pai dá um jeito, não se prejudique".

E, agora que ele partiu, os filhos manterão seu lema:

Lutar sempre.
Tombar talvez.
Esmorecer nunca.

Osni nasceu em Irani (SC) e faleceu em Barra do Garças (MT), aos 75 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Osni, Gabriela Felipe Guerreiro. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Paola Mariz e moderado por Phydia de Athayde em 5 de janeiro de 2021.
 

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