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08/12/2021 às 10h22min - Atualizada em 08/12/2021 às 10h22min

Mãe de menino encontrado morto em cachoeira revela que excursão foi presente de aniversário: "Agora vai voltar em um caixão"

Olhar Direto
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Joceli Mara Rodrigues de Oliveira, mãe do estudante Daniel Hiarle Arruda de Oliveira, de 14 anos, encontrado morto, a três metros de profundidade, na Cachoeira da Prainha, que fica dentro do Parque Véu de Noiva, em Chapada dos Guimarães (64 quilômetros de Cuiabá), revelou que a excursão foi um presente de aniversário, pedido pelo próprio filho.
 
“No dia 1º foi aniversário dele. Ele falou: 'mãe, só me dá o passeio’. Aí eu falei: 'ah Daniel, você só pede coisa difícil’, mas daí eu assinei o papel e o meu marido deu o dinheiro para ele ir", disse a mãe, em entrevista à TV Centro América.
 
Os alunos pagaram R$ 30 para participar do passeio, que é feito com frequência pela Escola Estadual Professor Welcio Mesquita de Oliveira, localizada no Bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá. Este foi o segundo passeio realizado neste mês e havia outro previsto para esta terça-feira.
 
"Ele era só uma criança. Se arrependimento matasse, eu estaria morta primeiro do que ele, porque eu não ia deixá-lo ir. Eu não ia deixar. Ele saiu de casa andando e agora vai voltar em um caixão”, desabafa Joceli.
 
A mãe afirma que a escola informou que o filho dela estava desaparecido, mas ela acredita que a direção já sabia que ele já tinha morrido afogado e só não quis contar.
 
“Por que ela [representante da escola] não me falou a verdade? Ela mentiu. Se ela tivesse falado ‘olha mãe, aconteceu isso, mas a gente já está tomando as providências’. Ela falou que ele tinha sumido, não que tinha morrido ali afogado”, comentou aos prantos.
 
O menino integrava um grupo de 75 alunos, cinco professores e um inspetor da Escola Estadual Welsom de Mesquita (EE Pascoal Ramos), que realizava um passeio turístico, na última segunda-feira (06), com os alunos pelas trilhas do complexo de cachoeiras do Parque Véu de Noiva.
 
No trajeto, os alunos fizeram uma parada na Cachoeira da Prainha, onde tomaram banho. Depois disto, seguiram o caminho. Os professores só deram falta de Daniel quando a chamada foi feita ao término do passeio.
 
Por conta disto, a hipótese é de que o menino tenha se afogado no momento em que o grupo de alunos tomava banho.
 
Uma força-tarefa foi criada, com o intuito de tentar localizar a criança. Mesmo durante a noite, o Corpo de Bombeiros realizou o mergulho e localizou o corpo do garoto na cachoeira, a três metros de profundidade.
 
A operação toda durou cerca de cinco horas. Da parte do Corpo de Bombeiros, foram empregados cinco militares e um cão de busca.

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) lamentou a morte de Daniel. Conforme a Pasta, as aulas de campo são realizadas de acordo com protocolos específicos, que foram seguidos pelos profissionais da escola e com autorização dos pais e responsáveis pelos alunos.

"Além disso, a instituição informa que está prestando todo apoio e suporte à família, escola e comunidade escolar", diz trecho da nota divulgada.

Em respeito à memória do estudante e aos familiares, a Pasta decidiu suspender as atividades escolares no período entre 07 e 08 de dezembro, só retornando às atividades conforme calendário escolar, na quinta-feira (09).

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