04/12/2021 às 22h24min - Atualizada em 04/12/2021 às 22h24min

Mãe e padrasto são condenados por morte de criança de 2 anos

Luana Alves e Wesley Messias foram condenados por morte de menino de 2 anos em Santo Antônio do Descoberto — Foto: TV Anhanguera/Reprodução
Michel Gomes / G1 GO 
ARAGUAIA NOTÍCIA 


Mãe e padrasto são condenados pela morte do menino Henzo Gabriel da Silva Oliveira, de 2 anos, em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal. O corpo de jurados considerou Luana Alves de Oliveira e Wesley Messias de Souza culpados pelas agressões que resultaram na morte da criança em março de 2018.

Em nota, a defesa de Luana disse não se conformar com a condenação e se prepara para recorrer da sentença. Os advogados alegaram ainda que, inicialmente, os jurados tinha reconhecido que a mãe da vítima tinha cometido um crime menos grave, o que daria uma pena menor. Porém, houve um novo questionamento aos jurados, o que causou uma mudança no resultado.

Por fim, os defensores explicaram que a mãe reconhece que foi negligente e falhou em proteger o filho. Porém, nunca agiu com a intenção de matar a criança e não agrediu o menino.

A reportagem não conseguiu contato com os advogados de Wesley até a última atualização.

A sentença, assinada pelo juiz Pedro Henrique Guarda, manteve a prisão preventiva dos dois e condenou Luana a 30 anos de reclusão em regime fechado. Já Wesley, a 28 anos, 1 mês e 15 dias, no mesmo regime. O processo descreve que os acusados deram chutes, socos e pisões na criança ao longo de toda a noite, entre os dias 5 e 6 de março.

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A denúncia especifica que os ataques começaram quando o casal chegou bêbado em casa e tentou colocar Henzo para dormir e ele não parava de chorar, pois não queria se deitar. Na época, a Polícia Civil informou que a criança, por conta do choro, foi levada da sala para o quarto onde o a mãe o padrasto estavam. Lá, ela foi agredida e deixada novamente na sala.

“Enrolaram a vítima num cobertor e passaram a espancá-la com bastante violência, inclusive, com pisões, como a vítima estava indefesa e inconsciente por causa do traumatismo crânio encefálico causado pelo espancamento, acabou sendo asfixiada, seja em razão da paralisia da musculatura respiratória (decorrente da agressão física), seja por força de um confinamento, já que ela se encontrava toda enrolada em um cobertor”, descreve a sentença com informações do laudo cadavérico.

Após o espancamento, o pai de Wesley esteve no imóvel e percebeu que a criança estava "imóvel e sem qualquer sinal de temperatura corporal". Diante disso, a mãe o levou ao hospital. No entanto, o garoto já chegou sem vida na unidade.

Em comunicado enviado ao g1 na época do caso, a Polícia Civil, informou que, ao constatar a morte, o médico notou sinais de violência e acionou a PM. Questionada, a mãe disse que o companheiro é quem teria cometido o crime. Os policiais então foram até a residência do casal. O homem tentou fugir, mas foi impedido e preso.

De acordo com o Ministério Público, foram mais de 16 horas de julgamento e as penas foram agravadas por causa de circunstâncias do crime. A acusação que o promotor de Justiça André Wagner Melgaço Reis sustentou aponta motivação torpe, com emprego de meio cruel, a asfixia, e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

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