23/11/2021 às 15h25min - Atualizada em 23/11/2021 às 15h25min

Indígena Xavante do Araguaia supera desafios e cursa enfermagem na UniSalesiano de Araçatuba - SP

Monique Bueno - Assessoria UniSalesiano
Assessoria UniSalesiano
Os indígenas do Brasil carregam em sua história muitos episódios de lutas e sacrifícios. Esse enfrentamento marcou toda a comunidade indígena, assim como os mais jovens, que se sentem encorajados a enfrentar os desafios da vida por conta da trajetória de seus familiares.

Um desses exemplos é o indígena Júnior Tserewi, de 24 anos. O mais velho de 13 irmãos, que vivem na aldeia Xavante “Teihidzatsé”, perto de Campinápolis (MT), encarou um grande desafio para poder realizar um sonho: ser enfermeiro. Júnior saiu de sua aldeia, há quase dois anos, para cursar Enfermagem no UniSALESIANO de Araçatuba.

“Sei que esse curso não é fácil para mim, as coisas são difíceis, mas eu tenho coragem e quero vencer um dia”, explicou Júnior, ao agradecer os amigos de Curso e seus professores pelo apoio que sempre recebeu. “Eu gosto também de estar dentro do UniSALESIANO.”

Ele contou que concluiu o Ensino Médio e voltou para a aldeia para atuar como professor indígena. E lá, tiveram episódios em que precisou acompanhar as pessoas da comunidade que estavam doentes até as unidades de saúde da região. “Me veio o desejo de estudar Enfermagem. Foi quando conheci o padre Paulo, da Paróquia de Bilac, que me ajudou”, explicou.

O próximo passo que Júnior pretende dar é se formar e retornar para a aldeia, para sua família. “Pretendo voltar para a comunidade Xavante e ajudar meu povo. Como jovem liderança, filho de cacique, tenho orgulho de ser indígena Xavante”, concluiu.

Paróquia de Bilac acolhe jovens indígenas após seus membros conhecerem realidade da aldeia Xavante

Os jovens Júnior Tserewi e Alécio Tseredzamimiró, da aldeia Xavante “Teihidzatsé”, foram acolhidos, há quase dois anos, pelos membros da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Bilac, da Diocese de Araçatuba-SP. A ligação entre eles se deu após uma visita inicial do Padre Paulo Roberto Lupifieri para a cidade de Campinápolis, no Mato Grosso.

Padre Paulo conheceu o trabalho dos Salesianos nas comunidades indígenas do Mato Grosso através do Salesiano Diácono José Alves, que atua na Paróquia Pessoal São Domingos Sávio, de Nova Xavantina (MT),  promovendo um trabalho com diversas aldeias de diferentes dioceses do Estado.

“O Salesiano Diácono José Alves me foi apresentado pela irmã Cecília Galhardo, da Congregação Claretiana, de Nova Xavantina. Ele foi me explicando como são realizadas as atividades com os indígenas, há muitos anos, e fiquei interessado em conhecer. Então, fui para as aldeias de Campinápolis”, lembrou.

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